Blog de MarcosHenrique

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O Tabique do Amor

Entre o amor e ódio
Existe um tênue véu.
Espero um dia você me odiar.
Estarei do outro lado
Te esperando.
Enquanto isso, luto contra sua indiferença.
Não comece com um sorriso,
Comece com um tapa!
Me odeie até me amar...

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Um Grito e um Alerta

Senti aquele cheiro de laranja
Tudo aquilo que me fez relembrar
Um murmúrio e um beijo ao pé do ouvido
Não na lembrança, mas no desejar

Uma trova pra ti, pensei em fazer
Tudo aquilo que me deixou chorando
Não sendo a dor, havia desistido
Cheguei a pensar que um dia’ia te ter

Já no ápice daquele delírio,
Com grande susto, ouvi um alarido
Era apenas um alerta, que suplício!

Esperando estou te esquecer
Ai! Arde, meu peito dolorido
Espero que não venha a fenecer

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Um Grito Insensível

Estava em minha casa descansando.
O vento me trouxe o som de um grito
Intrigado, parei. Só escutei
Um menino, não sei por que, chorando.

Já incomodado com o barulho,
Fui à janela ver esse absurdo.
Sentado na calçada, uma criança.
Estendeu-me a mão, que petulância!

Recolheu-se o homem insensível
Ao calor de sua cama de coluna
Como se nada houvesse incidido.

O sol nasceu, o homem acordou.
Sentou à mesa, seu pão estava lá.
E ao menino, só resta chorar

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Meneios de um Rio

Passando por aqueles campos verdes,
Contemplei a inocência.
Satisfiz-me em saciar aquelas criaturas que a mim vinham
E retornavam com seus sorrisos estampados.
Segui meu caminho, intacto.
Vi ao longe, algo como uma floresta.
Com gigantescas árvores de caules simétricos e retos,
Não vi galhos, nem folhas.
Ao invés da atmosfera nédia daqueles campos,
Fui me aproximando de uma suspensão negra, mórbida.
Na mina lhaneza, não recusei traspassá-la.
Não vi aqueles seres tranqüilos,
Que espargiam no ar a felicidade da bonança da natureza.
Só pude ver seres fechados em sua sisudez.
Laivo algum de compaixão e altruísmo encontrei.
Não sei como, mas fui me tornando negro como aquele lugar.
Olhei para trás, vi tais criaturas pungindo meu corpo,
Que corria ao longe dos campos, tralhas escusadas.
Acabrunhado, fui me afastando daquele cautério.
Andei mais um pouco.
Rejubilei-me quando vi aquele vasto tapete azul
A rutilar ao sol.
Apressei-me em alcançá-lo.
Ao chegar, fui engolfado naquela imensidão.
Aquele calor me fez lembrar daquelas criaturas radiantes.
Perguntei ao meu novo amigo
Se tinha como voltar ao derradeiro lugar.
Com grande alegria, recebi a afirmação positiva.
Aviei o que me foi proposto.
Esfacelei, aos poucos, meu corpo
E fui levado aos ares.
Apesar da dor, voltei a minha diáfana limpidez.
Caminhei com o vento ao encontro daqueles campos.
Encontrei-me em cima dos seres maviosos.
Minhas partículas foram se agregando
E em intenso júbilo,
Envolvi aquele lindo lugar.
Não havendo lugar para rancor,
A situação me levou a indulgência
Daqueles outros seres pusilânimes.
Agora só me resta aproveitar
O lacônico tempo que tenho aqui,
Pois me foi dito que passarei
Novamente por aquela floresta cinza...

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Brevidade de uma Dúvida

Vivo nessa situação inextricável.
“Será?” Essa é a indagação
Que está imbuída em meus pensamentos.
De um lado, madrigais que me conquistam.
Do outro, apenas essas eternas amizades maviosas.
Eis o suplício que me é intrínseco.
Hora me avalio, vejo segurança em meus atos.
Hora, razões sem sentido me abatem
E mudo meu decoro.
Então, arrefecem-se os misteres de enlaço
Com os que me rodeiam.
E me é impossível esconder o que tento deixar
Obscuro em meu ser.
Às vezes, desejo ter tamanho assomo
Que pudesse mudar meu jeito de sentir.
Mas quando vejo que quanto mais tento,
Mais se esvaem as forças que me restam, desisto!
Talvez muitos possam me ouvir e achar
Estultice essa minha conjectura
Sobre minha vida e meus sentimentos.
Tudo por causa dessa dúvida. O que fazer?!
Espero que tudo isso seja lacônico,
Apenas uma fase.
Que tudo passe como o eflúvio do Sândalo,
Que, mesmo forte e impregnante,
As intempéries do tempo têm o desvelo em dissolvê-lo.

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Dissoluta Ilusão

Todo frêmito ininteligível
Leva-me a evocar a tona dos pensamentos
A Lembrança da tua voz
Implorando somar o seu prazer
Ao meu intenso desejo.
Depois, só me vem a dissolução da alegria,
É só perceber que o meu toque
Não resulta no que, outrora,
Tu havias estado ao me sentir.

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Teoria do Caos

Piedade, borboleta!
Tempestade, ventania
Como nessas de roleta
Suas asas, cá, nos fiam

Triste mar em rebeldia
Quando forem velejar
Vá lutando cada dia
Mesmo vendo o mar rosnar

O Furacão! Borboleta,
Uma petição já te fiz
Agora dá pra aquietar?

Sem coração. Oh! Borboleta.
Lhe foi um cão sua tutriz?
Ah! Já não dá pra acatar

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A Carta Carmesim

Procurei de dia,
Na madrugada,
Na noite tardia,
Nada se movia

Ao brilho da lua
Infinito negro
Faísca de medo
Procuro ainda

Escondeu de mim
A minha alegria
Já vejo o carmim

Em sono profundo
Agora a minh’alma
Deixou esse mundo

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