Blog de Marcelo Henrique Zacarelli

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A VIDA É UM POEMA

A VIDA É UM POEMA

A vida é uma criança
Que acaba de nascer;
É um choro de viúva
Por alguém morrer;
É à tarde sombria
De um pensamento;
É a lágrima escondida
De um arrependimento;
A vida é a saudade
Que aperta o peito;
É alguém que te espera
Num abraço violento;
A vida é poesia
Solidão que vicia;
É o bater do coração
É o corte do umbilical;
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim;
A vida é uma proeza
Cercada de incerteza;
A vida é prematura
É eterna enquanto dura;
A vida é real ou ilusão
É livre arbítrio de decisão
Por quem escolhe
Ser feliz ou não;
A vida é nada mais
Que a lei suprema;
Do divino Deus
Que a tornou poema.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 02

Village Itaquá

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A TI TENHO AMADO

A TI TENHO AMADO

Se um dia você acordar
E eu não estiver ao seu lado
De saudade não vá chorar
Ao lembrar nosso beijo molhado.

Se um dia você acordar
De um sonho que a mim tens amado
Pois o mar não serás mais o mar
O castanho de meu olhar lagrimado.

Se um dia você relembrar
O que viveu comigo no passado
Por mim não mais se importará
Reclusão de minhalma no grilhão cerrado.

Se um dia você chorar
E eu não estiver ao seu lado
Lembra que é preciso suportar
A saudade que ficou no passado.

Se um dia eu não mais acordar
E você não estiver ao meu lado
O mar não será mais o mar
Acordarás-me de um sonho
Que a ti tenho amado.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli

Village Outubro de 2008 no dia 20

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A RESPOSTA DA SAUDADE

A RESPOSTA DA SAUDADE

Não me pergunte sobre as roupas
Espalhadas pelo chão
Se te observo a tua nudez
É que coube grande dádiva aos meus olhos
Não me pergunte sobre as palavras
Que soaram aos nossos ouvidos
Acenda um cigarro se achar preciso
Descontraída neste momento notarás
Que tais palavras eram frutos da imaginação
Descontrole total da nossa paixão
Não me pergunte sobre os corpos colados
Quando não faz sentido compreender algo
Neste momento de pouca sobriedade
Substitua as palavras pelas vontades
E encontrarás a resposta de estarmos juntos
Não me pergunte sobre o futuro
Ou sobre os dias que virão
Se hoje te espero é porque sei que podes vir
Não me pergunte sobre a liberdade de amar
Basta observar quando nos despimos
E calamos para o mundo
A realidade se faz presente em nosso quarto
Onde realizamos nossos sonhos
Não me pergunte sobre a dor da solidão
Se quando te sentis sozinha
Quando deveria estar ao meu lado
Se acaso sobre a saudade me perguntares
Então o silencio deverá responder por nós dois.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Agosto de 1997 no dia 18 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A PUTA DA VIDA

A PUTA DA VIDA

Coincidência ou não
A narrativa da vida
Passou-nos por despercebida
Coincidência ou não
Passou...
E não diga que foi em vão
Que a vida; a puta da vida
Assim tão vida, tão distraída
Coincidência ou não
Passou...
Assim termino, pois então
E não diga que foi em vão
Que a vida a puta da vida
Passou.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Dezembro de 2008 no dia 13

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A MORTE

A MORTE

De que importa se morri...
Envenenado ou de saudades

Debaixo deste sol tão quente
Estou morrendo de sede
Da vontade que me consome
Estou morrendo de fome...

De que importa os verbos e predicados
O gato tem sete vidas!
Hó quantas miseráveis vidas ainda tenho?

Enquanto um menino morre de vontade
Morro de saudades
Ás vezes morro pela idade
Avançada, como no sinal vermelho...

Às vezes morro de vergonha
Morro de ciúme
Morro da rocinha, do Rio...
De janeiro, de dezembro...
Morro por uma bala perdida
Como um jovem suicida
Ou entorpecente
Como idoso sem os dentes...

O que me espera após a morte
Ao termino desta poesia
De que importam os erros de ortografia
Pois a morte não tem hora
E nem avisa.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Fevereiro de 2006 no dia 24
Itaquaquecetuba (SP)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A MATÉRIA QUE RENEGAS

A MATÉRIA QUE RENEGAS

O que mais pode me doer que a solidão?
Meus ouvidos estão cerrados
Exceto a o som estridente
Desta matéria impulsiva;
Madeira e cordas
Ombros e mãos de um angustiado;
Que ao decorar as notas
Absorveu a alma de um tal miserável;
Ao longe bem ao longe
Posso senti-la me horripilando;
Veiculadas ao ar
Como faca nos meus tímpanos;
Meus olhos vendados
Perseguem as sombras
Que se movimentam;
O que passa por mim
As meninas entorpecidas
Passam-me por despercebidas;
Meus lábios sim provaram
A sede de esquecer alguém;
Como o ribeirão profundo
Ou o mais seco dos desertos;
Porem o que restou?
Eu nunca soube ao certo
Onde pairavam meus pensamentos
Adrenalina das minhas veias
Levaram-me a caminhos
Que eu não queria ir;
Eis me aqui
Estilhaços dos meus ossos
Não mais me vês
Não estou aqui!
Exceto a matéria que renegas
Não estendas as tuas mãos em vão
Nem te apiedas deste fraco;
No coração deste instrumento
Está a esperança que me atormenta
No cansaço deste humano músico
A dor deste miserável ecoa
A solidão e a saudade
São irmãs inseparáveis
E moram aqui comigo
Desde que partiu.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village Outubro de 2008 no dia 20

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A MÃO QUE MACHUCA A ROSA

A MÃO QUE MACHUCA A ROSA

Mão direita, indefesa, cheia de tristeza
Mão que afaga, hipócrita, escassa
Mão carente, persistente, displicente
Mão de súplica, estúpida, que machuca
Mão pequena, quebrantada, que envenena
Mão apática, cansada, sádica
Mão solitária, perversa, ordinária
Mão que planta, destrói, mão que arranca
Mão que trai, sem amor, dói de mais
Mão honesta, rude, que detesta
Mão sem jeito, absurda, sem direito
Mão marruda, violenta, que derruba
Mão amiga, de intriga, mão que briga
Mão amável, detestável, vulnerável
Mão que escora, sobre o rosto, mão que chora
Mão que assola, que consola, desconforta
Mão que assusta, sem carinho, mão astuta
Mão que arde, sem saudade, mão covarde
Mão direita, sedenta, imperfeita
Mão dolorosa, assombrosa,
Mão que machuca a rosa.

Existe um buraco em minha alma
Para mim é adeus, pra você é saudade...
Por quem o sino vai tocar.

A poesia mais triste de minha vida.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Outubro de 2001 no dia 05

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A LUA VEIO NÃO

A LUA VEIO NÃO

Hoje a lua está tão bela, singela...
Posso ver dentre as cortinas
Amarela, da janela, a lua tão bela.

Hoje a lua está tão tímida, desinibida...
Posso vê-la escondida, sem vida!
Da guarita, a lua tão tímida.

Hoje a lua está tão fria, perdeu a magia...
Posso vê-la banhada de orgia
Sentado no banco da praça, a lua tão fria.

Hoje a lua está de tarde, na metade...
Posso vê-la sem vaidade, sem claridade!
Tenho saudade, da lua, esta tarde.

Hoje a lua está tão cheia, vagueia...
Posso vê-la da fogueira, até tonteia!
Embriagada no céu, a lua que vagueia.

Hoje a lua está de luto, absoluto...
Poso vê-la em tom escuro, astuto!
Caminhando como um vulto, a lua de luto.

Hoje a lua está minguante, delirante...
Posso vê-la tão errante, num instante!
Contemplando os amantes, alua fascinante.

Hoje a lua veio não, solidão...
Não posso vê-la do sótão, sem razão!
Não me deu explicação, talvez esteja...
Escondida no Japão, a lua veio não.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
19/setembro/2001 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A LETRA DESTA MINHA VIDA

A LETRA DESTA MINHA VIDA

Alguém compôs a letra desta minha vida
Composição inteligente me confiou este papel
Autor e compositor de prazeres e de dor
Calculista e cruel!
Alguém que escreveu mais tristezas que alegrias
Que apesar da valentia descrevida pelo artista
Ao fazer parte de uma estória que passou despercebida
Na malicia do autor um interprete quase perfeito
Por sua infinita dor no soar de um leve instrumento
As tristes vozes de um lamento
Perdidos como música e letras
No coral de uma só tristeza
O sentimento de um coração rústico
Que baila descontente sobre a paz que está de luto
Não há quem possa mudar esta letra sentida
Tocada pelos acordes amantes
E atores improvisados desta vida
O aplauso de valores insensatos
Na quietude de um sorriso interpretado por um palhaço.

Escrito por Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2002 no dia 09

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A FRAUDE DE UM QUADRO

A FRAUDE DE UM QUADRO

Seria fraude do pintor
Ou seria tal pincel subordinado
Para que atentasse à beleza deste quadro
De mãos tremulas intermináveis
Oculta em seu conteúdo duvidava...
Causando um narcótico premeditado
Sobre a exuberante obra do pintor
Artista habilidoso, submisso e vaidoso...
Subsecivo ao decifrar tamanha exatidão
O seu pensamento inepto e inerte
Incontrolável pela obsessão
De um sentimento estranho
Seria o tal insensato, entusiasta ou banal...
Em seu conteúdo contestado
A exposição dos amantes imaginários
O rosto triste de uma criança que sorria
O boêmio narciso na qual descansava
Nos seios da mãe prostituída
Um curioso milionário
Não entendeu tamanha revelação
Pois comprou a obra-prima sem explicação
Na malicia do pintor
Talvez estivesse a resposta
Inconformado e impaciente
O comprador questionou!
Não o sorriso da criança
Mas da mãe a visível apreensão
Ao longe esta ouvira dizer
Promessas de um político em ação...
Replicou o comprador!
Não vejo nenhum político senhor
Treplicou o insolente pintor!
Não reparou que todo político
Esconde-se por trás de suas palavras.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2002 no dia 03
Itaquaquecetuba ( SP )

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