Blog de Marcelo Henrique Zacarelli

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

CAMILLA

CAMILLA

Desprezas quem eu sou
Por não saber como sou
Por não compreender o tocar
Por não entender a beleza do deitar...
Desprezas esta mulher
Por um momento no teu ignorar
Esta mulher que te espera chegar
Que pronta lhe atiça um carinho teu
Que desprezas por descuido teu...
Desprezas esta que é tua
De noites amarguradas sem lua
O desejo que a arde e é tão fugaz
Na madrugada sozinha
Procura-te e você não estás...
Ao fio da navalha este nosso amor
Que o tempo severo o transforma em dor
Desprezas esta mulher que ainda é tua
Que sofre de saudade, de verdade tão nua...
O dia parece correr mais que o pensamento
As noites claras são ternuras de tormento
O Dia; nosso trabalho ganha pão das meninas...
A Noite; pra você não existo, muito prazer!
Sou Camilla.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 01
Village Itaquá

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

BASTA QUERER

BASTA QUERER
Produzido por Zacarelli

Deixe a chuva cair lentamente
E molhar todos os nossos sonhos.

As pequenas coisas podem transformar-se
Em coisas tão importantes;
As crianças brincam na enxurrada da chuva
Um casal se abraça apertadamente
Carros estacionam
As senhoras retiram roupas do varal
Nas esquinas as mesmas curvas de sempre
Em nós simplesmente à vontade
De que esta chuva dure para sempre.

O semáforo ainda está verde
As árvores das praças também
As pessoas continuam apressadas
Paro em frente uma notícia
Que diz estar tudo bem
A chuva não para
Será um sonho o que estamos vivendo.

Deixe a chuva cair lentamente
E molhar todos os nossos sonhos.

Todo sangue é vermelho
O amor é a língua universal
Não há mitos nem heróis
Não há famílias desunidas
A chuva está aí
Basta querer senti-la
O sol está aí
Basta querer pegá-lo com as mãos
As ruas estão aí
Basta querer não andar sozinho.

As pequenas coisas podem transformar-se
Em coisas tão importantes.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Mauá março de 2003 no dia 13

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

BAIRRO DO CAMBUCI

BAIRRO DO CAMBUCI

Que fazes aqui
No bairro do Cambuci
Á sudeste do marco zero
Neste bairro que venero.

Ao subir a serra que dai descanso
Aos animais de cargas bons paulistano
De boas índoles sabemos que tu és
Ao passarem pelo córrego do lavapés.

Aos vizinhos Mooca e Ipiranga
Ao servirem ao exército deste país
É inevitável se alistar ao passarem por aqui.

Aos imigrantes sírio-libaneses e italianos
Ao largo do Cambuci e av: Lins de Vasconcelos
Faz de você meu Cambuci, nesta cidade o bairro mais belo.

(soneto) Homenagem à São Paulo 455 anos
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Janeiro de 2009 no dia 15 / Village Itaquá.

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

BAIRRO DA PENHA

BAIRRO DA PENHA

O velho pontilhão onde o trem destoa
A velha catedral;
Quem quer ver que venha;
E o antigo botafogo da penha.

O shopping que furtou a tradição
Da romântica época das freiras
Júpiter, penharama e São Geraldo
Que saudades dos cinemas da penha.

Nas décadas de outrora
O bonde se fez presente
Aos falecidos deste cemitério
Eu vos rogo a deus que o tenha
Na avenida amador Bueno
Da Veiga e também da penha.

O mercadão da Gabriela mistral
O largo do rosário
Onde os pombos se alimentam
Nos dias de hoje
Podem ser vistos do metrô
Este bonito bairro da penha.

Homenagem a São Paulo 450 anos

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli 26/março/2004

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AVENIDA PAULISTA

AVENIDA PAULISTA

Do passageiro ao motorista
De quem mora na cidade ou é turista
É de vós a avenida paulista.

Do bêbado ao equilibrista
Em vossa letra
Por Elis Regina
Em algoz vos encontrastes
Em meio à avenida paulista.

Ao homem trabalhador
À mulher doméstica
Até vós que sois artistas
É certo que por aqui passais
No centro da avenida paulista.

Aos amantes do futebol
O corintiano, palmeirense,
E até santista
O importante é que vos encontrais
De vez em quando aqui na paulista.

Nos versos desta poesia
Citei católicos, apostólicos,
E umbandistas,
Se algum dia
Tomais-vos por egoístas
Não esqueceis jamais
Da bonita avenida paulista.

Homenagem a São Paulo 450 anos
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
26/março/2004 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AS PEDRAS NÃO RECLAMAM

AS PEDRAS NÃO RECLAMAM

Sentimento adormecido
Repousa dentre outras
E te emprestas o colo
De quem longe chega
Tão fria te entregas
Ao calor de outrem
Que por ser carne, enjoa...
Outras virão com certeza
Mas é certo que a solidão
Também virá
Ocultas-te em ti
Tamanha incerteza
Que em pedaços tuas dores
Multiplicas;
Não podeis nem sentir
Nem tocar
Pedras despretensiosas
Antes fosse como a ti
Que me ocupasse em vida
Sentir, tocar, chorar...
As pedras não amam
Não reclamam
E eu sem você
Maldita saudade.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Agosto de 2003 no dia 28
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ARCO IRIS INCOLOR

ARCO IRIS INCOLOR

Onde o sol se põe
Um rosto triste a chorar
Tristeza que se decompõem
Vontade de se libertar.

Onde o sol se põe
Meu amor vem me buscar
Saudade imensa que se foi
Um rio de lágrimas no mar.

Onde o sol se põe
A dor me espera devagar
Um arco íris incolor
Há... Quem pudera suportar.

Onde o sol se põe
E vira as costas para o mar
É leviano e sem pudor
Desejo estranho de odiar.

Onde o sol se põe
Nasce um menino a encantar
No berço esplendido formou
E despertou o meu sonhar.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2003 no dia 13
Itaquaquecetuba (SP)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ANDARILHOS NA TEMPESTADE

ANDARILHOS NA TEMPESTADE

Andarilhos na tempestade
Caminham sem vaidade
Em busca de algo que os surpreendam
Um grito preso na garganta
Caminham sozinhos
Sem alguma esperança...
Andarilhos na tempestade
Distantes da verdade
Lado a lado com a realidade
Caminham como crianças
Um nó preso na garganta...
Andarilhos destemidos
Caminham sem destino
Em busca da porta da percepção
Algo que conforta o coração
Andarilhos sem razão...
Andarilhos na tempestade
Caminham sem destino certo
Como cães jogados sem osso no deserto
Rompendo barreiras em busca da liberdade
Andarilhos da saudade...
Andarilhos na tempestade
Caminham sem vaidade
Pensamentos escondidos
Entre o amor e a guerra
Andarilhos divididos
Desta força que os supera
Andarilhos iludidos
Caminhando sobre os trilhos
Renegados da paixão
Desarmados e despidos
Pobres andarilhos
Que caminham sem razão.

Pelo autor Marcelo H. Zacarelli e Marcelo Martins
Agosto de 2001 no dia 14
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR SEPULTADO

AMOR SEPULTADO

Covarde que sou
O silêncio quebra meus ossos
Ao fugir das tuas mãos
E teus seios;
Como um tolo
Não lhe dei uma chance
Feito um vulto
Eu corri dos teus beijos;
Teus lábios
Murmuravam em voz alta
Gritavam
Por meu corpo sedento
A fúria da tua alma
Que encarnava
Corroía os teus pensamentos;
Hoje como castigo
E sem nada
Como um covarde
Sigo sozinho
Pela tua mão sepultada
A esperança
De seguir teu caminho.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Junho de 2001 no dia 04
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR PERDIDO

AMOR PERDIDO

Pela manhã, insulta o dia
Ao se olhar no espelho, vazia...
De pensamentos, pela noite
Que fora embora, tardia, tardia...

Ao trabalho vai, e a tarde vinha
E lhes surpreende a noite, vadia...
Não lhes pergunte sobre o amor
Que fora embora, um dia, um dia...

Há quem dera, voltasse arrependido
O amor que a pouco a deixou...
Ou a noite que a tomava por vencido

A bebida que a tornara estarrecido
Pela manhã a acordou...
E sóbria reclamou o amor perdido.

(Soneto)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Janeiro de 2009 no dia 07

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