Sinceramente
Entre ser um mero Zé Roubinho
E um Herói Sobrevivente
Eu prefiro o sopro da saudade
De uma morte viva e sem idade
Sacrifício por carinho
Eu prefiro o último suspiro
Eu prefiro ser brasileiro
Um gosto na boca de feijão,
Apesar do atoleiro
Quase político das psicanálises
Eu prefiro a imensidão
Que aguardar hemodiálises
Vampiro e sonso europeu
Eu prefiro defender o que é meu
Você pode estar me achando pessimista;
Engano:
Numa visão mais intimista
Verá que o sangue vale o plano
De um passado futurista
Para um futuro sem prisão
Pois no altar de um vigarista
Nunca se encontra solução
Da problemática do insano
Na soma existencialista
Por um farsante fariseu
O Brasil nada mais é que um retrato do mundo
Do chinês e de sua costura
Trabalho e postura
Ou do boliviano
Do chover australiano
Congelamento islandês
E calor senegalês:
O Brasil é mais que uma zona
É a vida à tona
E nisso, ser herói e sobrevivente
Surpreende até o descrente
Dessa possibilidade:
O brasileiro e sua habilidade
De ser povo e ser artista
Tem o dom equilibrista
Ao tom da adversidade
Comentários
:)
pô João, que saudades que eu estava dos seus escritos penetrantes e inconfundíveis...outra bela criação com toda a certeza!!!!
A João Victor de Allan Sobral
Grato meu amigo, sem duvida é uma das melhores homenagens que me fizeram, adoro este texto, vou postar em breve o Allãologicamente Narradoriano.
"To de vorta sô!"
Allan Sobral
Allan Sobral