Palavras jogadas ao vento, sob a forma de suspiros, de pensamentos, de mensagens entrelinhas, de olhares subentendidos, de gestos compreendidos...
Tão longe, tão perto está aquilo que aspiram sob um mar de dúvidas, de um turbilhão de sensações nada inteligíveis, de distrações completamente favoráveis ao acaso...
Ao suposto interpretador de todas as coisas que tentamos ver, das coisas que precisamos conhecer, das coisas que jamais veremos...
Espero, hoje, que seja possível, por mim e todos, solver todas as emoções como um pulsar físico, uma conseqüência de reações quase previsíveis, que se completam, cedo ou tarde, se completam.
Pensando em mim, entendo pouco... pensando nas outras pessoas, entendo menos ainda... tanto diálogo inerte... tanto sonho numa realidade falsa...
Olho para o ontem e compreendo que o hoje nada mais é do que um prólogo para o meu amanhã, porque o hoje nunca é tão inesperado quanto o amanhã que está por vir.
À chuva, minhas lágrimas... por elas despejo a angústia... por elas renovo o suspiro... despeito a tristeza.