Pássaros migram,
fogem do frio, da dor,
do sofrimento da morte.
Ah, se eu tivesse, como eles,
o dom de ouvir a natureza,
ou até, talvez, o bom senso
de acreditar nos sutis sinais
que a minha surdez seletiva
teima em escondê-los de mim.
Teria fugido do frio, da dor,
do sofrimento
e da morte do amor.