Borboletas
Se sair do casulo faço-o em mil pedaços,
inutilizo-o totalmente.
Se não sair, fatalmente serei morta,
estou diante de um impasse!
Depois da constituição do sujeito, que foi o primeiro,
o segundo drama de minha existência.
Sair de mim,
Voar livremente sem amarras,
Não esperar o forno quente
que me incendiaria,
Voar sem compromissos,
Mesmo sabendo que, dentro em breve,ao me tornar crisálida também morrerei,
Mas que morrerei me defendendo,
Batendo asas,
Sentido no corpo o abraço amigo do vento...