CABISBAIXA
Boneca articulada…
Nota-se que és torturada…
Mas, que calúnia?
Que violenta agonia?
Bandalho andante…
Estás entorpecida pela vida!
Esse teu ar asfixiante…
Mas, que fraqueza desmedida…
Quem és tu cabisbaixa?
Porque, me atormentas?
Persegues e apoquentas…
E, eu sobre ti me rebaixo…
Sombra, devastadora…
De mãos dadas andas comigo…
És o meu célebre inimigo…
Considero-te miserável e encantadora…
Sombra!
Mas, que afronta…
Inês Santos