O amor:
é curioso como uma única palava consegue agregar em seu redor tanta dúvida, tanta curiosidade, tanta incerteza, tanta alegria, tanta tristeza, tanta angustia, tanto drama.
Mas o mais curioso ainda é que após tantos estudos, tantas análises, tantas opiniões, ainda ninguém tenha conseguido definir de uma forma convincente o que é afinal o amor, uns defendem que é um conjunto de sentimentos, outros preferem dizer que são puras emoções temporais, outros ainda remetem-nos para um simples estado de alma.
Claro que não tenho a pretensão de levar a melhor a psicologos, sociologos, filosofos e todos os outros estudiosos das várias componentes humanas e por isso mesmo também não tenho a menor pretensão de procurar uma definição para o amor.
O meu objectivo é analisar, somente isso, alguns comportamentos gerados pelo amor, ou pela falta dele.
Quando descobrimos o amor, pela primeira vez, caimos na tentação de querer viver a vida como se nos tornássemos num só, como se toda a nossa vida passada se eclipsasse por milagre e nascessemos nesse momento, é a pior das tentações, deixar de ter vida própria, ficar dependente da vontade, do desejo, do gosto do outro, mas pior que isso é querermos impor ao outro um olhar para a vida, uma postura perane a mesma e uma forma de a viver que se enquadre naquilo que desejamos impor a nós mesmos.
Acabamos por descobir que tal não é possivel, dois seres serão sempre dois seres diferentes, mesmo que tenam ideais simétricos, mesmo que apreciem a beleza das coisas de modos identicos, serão sempre dois seres.
Depois, quando somos confrontados com a desilusão prometemos a nós próprios não voltar a cometer os mesmos erros, mas o que é certo é que assim que nos enamoamos novamente, a primeira tentação é revisitar os mesmos lugares, admirar as mesmas belezas, frequentar os mesmos bares, isto é, fazer uma remarche de tudo o que deixámos será que deixámos? para trás.
Voltamos a cair, voltamos a levantar-nos, voltamos prometer e voltamos a repetir tudo novamente.
tal como os alcatruzes de uma nora também o amor está umas vezes em cima, outras vezes em baixo e. curiosamente, enquanto está em baixo vai recarregando baterias e quando se eleva vai derramando lágrimas de felicidade tal como os ditos alcatruzes que quando jorram a água faze a felicidade das gentes.
Francisco Ferreira D'Homem Martinho
2007/07/017
Comentários
Graci *** Francisco Ferreira
Boa noite, Francisco Ferreira.
Concordo plenamente com sua definição, apenas quero contribuir com minha particular opinião. Acredito que amamos uma única vez e que os outros amores que surgem na nossa vida aprenderemos a amá-los com o tempo.
O amor tem tantas definições que realmente nos intriga, cada qual vai responder de maneira diferente a sua questão, pois cada um viveu uma história de amor diferente. Um texto magnífico! Parabéns!
Abraço gracioso,
Graciele.
Visita-me! http://www.poemas-de-amor.net/blog/13174
Graciele Gessner.
Graci
Olá amiga:
Estou a responder-te numa hora muito dificil da minha vida, mas esse facto só vem reforçar o meu pensamento.
É verdade, hoje que eu choro a partida do ser maravilhoso que me deu a vida, a tua opinião é como que um afago no meu rosto, é como se eu sentisse a mão de minha mãe a limpar-me a lágrima que teima em cair.
Afinal chorar a partida dos nossos ente-queridos é um sinal de amor, de um grande amor.
Obg.
Beijinhos.
Francisco Ferreira D'Homem Martinho
Francisco Ferreira D'Homem Martinho