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Exploda, palavra obscena,
grito inválido,
dor de vísceras sem compaixão.
Exploda e não peça perdão.
Saia à rua,
pise a grama,
calce o jardim
morto de flores..
Aporte ao mar,
arranque a camisa até rasgar
e não deixe que te queimem os dedos.
Exploda,
cate pedaços da alma dilacerada,
monte palavras vomitadas
de teu coração carcomido.
Pinga a dor do sangue
em conta gotas interminável.
Vá a calçada,
cimento duro,
desenhe o céu
azul veneno,
e pinte, pinte
com dedos carmim,
toda angustia
que carrega existência.
Depois sente, caia em prantos
e chore no deserto do mar,
todo desejo,
jogando o beijo,
que na flor
irá pousar!
RJ – 19/08/2006
** Gaivota **
Para filósofos humanos,
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Comentários
Demais!
Uma terapia e tanto para a alma,que somente os poetas são capazes,porque quem mais compreenderia tais procedimentos?
Parabéns,Gaivota,seu vôo transcende os limites,as fronteiras.Abraços.
Carmen Lúcia
Olá Carmem
** Gaivota **
Obrigadíssimo por seu comentário...Fiz num momento em que queria dar algum grito....Gritei poéticamente... bju
** Gaivota **
Gaivota
Estou sem fôlego! teu poema desperta até uma vontade de gritar rs
De esbravejar ao mundo e colocar toda a dor para fora!
Palavras fortes dispostas de uma forma muito interessante, um poema não muito comum ... E, no entando, lindo! estou admirada com sua belíssima forma de poetar rs
Parabéns por esta perfeita obra de arte...
bjinhos
frozen kisses
frozen kisses
Que lindo Thathá
** Gaivota **
obrigado, o que mais poderia dizer? Sim meu grito´foi cfiado para o infinito. Fico feliz em ser escutado.. grite... grite.... Quem sabe alguma rosa caia do seu e te abrace?
bju
** Gaivota **