Não escrevo há muito tempo
Pois há muito não sofro
Dei fim aos devaneios
Fiz da morte um esboço
Abriu-me os olhos
A dona de meus transactos pesares
Pesava-lhe na consciência
A tristeza demonstrada em meus olhares
Por tal motivo, lhe fiz denodado juramento
-Não escrever sobre trespasse ou sofrimento
Dirijo-me a ti, ex-dona de meu tormento
E que estás a ler agora meus pensamentos:
“- Sabeis perfeitamente
Que não vivo há muito tempo
Prefiro guardar a vida em uma folha
Do que deixar levar-me a vida, o vento.”