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* Este singelo poema setissilabo elaborei-o em 7 de setembro de 1967 e o transcrevo aqui por não estar inserido em meu blogue, como homenagem a esta data da Independência e pela saudade que sinto de minha Mãe neste momento.
Ó Virgem Imaculada!
Mãe de nossa redenção
Em ti está simbolizada
A fonte do amor cristão.
Ó pátria idolatrada!
É real mãe da nação.
Pois, a bandeira hasteada
Une-nos como irmãos.
A ti minha Mãe querida,
Que me deu inspiração,
Força do sangue e da vida,
Apresento gratidão.
Pela graça recebida
De nascer neste torrão.
Flutuando pelo vento
deixo fagulhas...
de meus fragmentos
Em cada estrela
busco um pedaço...
De cada pedaço
que não acho...
Tento me fazer inteira
Enquanto minha alma
brinca na lua cheia...
Ando sob destroços
tento juntar sentimentos
nossos...
Sinto-me culpada
de ti...
porque essa paixão
meu corpo e alma
viestes consumir...
sem resistência
subjuguei-me e não
resisti...
Desfragmentei-me
em estilhaços de
fogaréu...
espalhados pelo céu
agora nem tem como
recuar...
Esse enigma temos
que decifrar...
Minha busca não
faz sentido...
Pois todos os pedaços
de mim...
estão aí contigo...
( LU LENA )
ENIGMA – MEA CULPA
Queria te conhecer e agora como faço
Para escapar do fascínio do olhar lançado
Por ti como um lume poético no espaço
Onde vagueio com o coração despedaçado
Ao sabor dos ventos em mais de mil pedaços,
Mas como estivessem todos acorrentados
Com o fino cordão formado por fios de aço
De seus cabelos brilhantes e acastanhados,
Que esvoaçam como plumas em um chumaço,
Leve e forte que atam de modo inusitado
Cada um dos pedaços como se em um enlaço,
Fosse capaz de ajuntá-los todos dominados
Sob sua posse sedutora que num abraço
Afaga-lhes, porém os mantém subjugados.
Queria te conhecer e agora como faço
Para escapar do fascínio do olhar lançado
Por ti como um lume poético no espaço
Onde vagueio com o coração despedaçado
Ao sabor dos ventos em mais de mil pedaços,
Mas como estivessem todos acorrentados
Com o fino cordão formado por fios de aço
De seus cabelos brilhantes e acastanhados,
Que esvoaçam como plumas em um chumaço,
Leve e forte que ata de modo inusitado
Cada um dos pedaços como se em um enlaço,
Fosse capaz de ajuntá-los todos dominados
Sob sua posse sedutora que num abraço
Afaga-lhes, porém os mantém subjugados.
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* Homenagem a LU LENA e ANNA CAROLINA, que colaborou na elaboração do soneto.
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PERDIDA EM TEU OLHAR
``Quisera emergir das profundezas do mar, romper os grilhões dessa força que devasta em meu corpo, quando me perco em teu olhar´´ ( LU LENA )
BEIJOS DE AMOR
“Quisera emergir das profundezas do mar,
Romper os grilhões dessa força que devasta
De paixão meu corpo e minh’ alma ao ver o teu olhar
Brilhar com desejo e ver que só isso não basta.
E queres meus lábios e língua a te beijar
Os teus montes e vales como vento que arrasta
Na brisa do mar grãos de sais para te salgar
E o pólen das flores a cobrir como pasta
Teus fartos seios que ofereces para se sugar,
Através dos mamilos que soltam o néctar,
Que enrijece o membro de quem vai te amar
E gozar delícias da vida até se fartar
Com o gosto da essência que do sal do mar
Misturas ao mel de tua boca e nos faz provar
Eu já li e reli este poema, tão lindo e doído
E sinto ao relê-lo o som de um piano a tocar,
Notas agudas em um tilintar sofrido
E vejo uma fada com o condão a colocar,
Novas notas musicais dando um colorido
Especial e muito delicioso de se olhar
A esse quadro que se transforma de dorido
Em algo tão lindo com lágrimas a brilhar,
No espaço como um passe desconhecido
Da mágica de um coração que esta a amar
E que por todos há de ser reconhecido
É de uma musa que mesmo quando está a chorar
Pela dor de um amor profundo e sentido
Transforma-se em versos para se cantar e orar
Como te esquecer se estas em meu pensamento
Ouço tua voz que não conheço como encanto,
Em sons de violinos que vêm do firmamento
E que atingem minh’alma e com eles eu canto.
Vivo vendo tua imagem em todo momento.
Eu ouço os acordes e descubro e me espanto
Com o prazer que isso me dá ao extrair o tormento
Da saudade que às vezes se instala em pranto
Surdo, sem lágrimas... Não é choro de lamento
E sim desejo que como se fosse um manto
Cobre-me e acalenta os sonhos que em fragmento
Transforma-se em poesia pela qual eu suplanto
A nostalgia e assim transformo em alegria o alento
D’ alma que ora vejo brilhar neste recanto.