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Daniel Penido – 20/11/2011
Frente a frente no espelho
Narciso se deslumbrou,
mas pobre Eco, menina linda
pela superficialidade se apaixonou.
No desprezo sem igual
Narciso só se admirava
e a ninfa, coitada, desolada
Apenas definhava
Num murmuro resistente
Ela veio a transformar
E no castigo de uma mãe descontente
Numa flor o transformou para sempre o castigar
No mundo atual acontece sempre o mesmo
Mudando o contexto da história
O desfecho é sempre o que eu vejo
Sobrando apenas de tudo, um reflexo no espelho