Há dias em que amanheço em mim.
Desperto meus sentidos,
Percebo o cheiro que tem no ar
E sinto teu aroma.
Há dias em que fecho os olhos
E escuto meu coração bater,
Repetindo em cadencias musicais,
As sílabas do teu nome.
Há dias em que ouço no vento
Tua voz que me chama
E, na vã procura por teu rosto,
Transpasso os muros do meu isolamento.
Há dias que me percebo sem ti
E sinto minhas mãos dormentes,
Pois não sentem tua pele ao meu toque,
E me descubro sozinha.
Há dias em que morro em mim.