ESCALADA
Nos olhos, retalhos...
Enveredando pelos atalhos
Não há perspectiva de nada...
Apenas as escadas...
Ali a espera...
Questionando...
Infiltrando-se
O que te impede?
O que te compele?
O frio ou o desafio?
O chão ou o clarão?
Quem soma mais tentos?
O vento intenso?
A tua alma desatenta?
Há um pulsar imenso
Há um mundo sem brio
Um quê de calafrio
Em cada escalada
Em cada palavra
Tudo cala... Tudo intercala
Fases a cada passo
No rodopiar do compasso
No tudo e nada
Do cotidiano insano...
Das emoções profanas
E no descerrar das cortinas...
Tua é a decisão...
Carmen Cecilia