Blog de Carmen Vervloet

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Avareza - Da Série Sete Pecados Capitais

Quem, os bens materiais, guarda no cofre
E o fecha a sete chaves em segredo,
E em cupidez cultiva mesquinharia no seu alfobre
Esquece o amanhã sem nenhum medo...

Já velho... No seu palácio, solitário e doente
Entre sedas, jóias e moedas de ouro
Terá perdido seu maior tesouro
Um amigo que lhe ofereça um chá quente.

Carmen Vervloet

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Preguiça - Da Série Sete Pecados Capitais

Lago que dorme tranqüilo...
E não se importa com nada a sua volta
O ócio o eterno companheiro e asilo
Um peixe que lhe chega á mão...
E o resto não importa.

O trabalho seu maior inimigo
Para ele sempre tem tranca na porta!

Carmen Vervloet

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ORGULHO - Da Série Sete Pecados Capitais

Poço de vaidade sem fim...
Fruto que alimenta o ego prepotente
Corrente que isola o eu no seu próprio camarim
Que envolve em empáfia o ambiente!

Pavão que infla o eu em arrogância sem fim...
E deixa o coração doente...

Carmen Vervloet

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Inveja - Da Série Sete Pecados Capitais

Um mar em frustração revolto...
Ciclone que destrói o bem...
Mediocridade seu maior desgosto!
Não para... Vai sempre além...
Tsunami onde se misturam ódio e desejo
Que arruína, mata, devasta...
E se perde em seu adejo
Suicida-se na sua própria bravata!

Carmen Vervloet

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Ira - Da Série Sete Pecados Capitais

Trovão que ressoa e assusta...
Ameaça delicados sentimentos
Leva a contendas injustas
E provoca profundos ressentimentos.

Instiga conflitos irreversíveis
Devasta lírios da paz tão sensíveis!

Carmen Vervloet

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Luxúria - Da Série Sete Pecados Capitais

Entre gemidos e cicios faz o seu ambiente
Na sua impulsividade desenfreada
Une-se a lascívia seu mais próximo parente
E sobre lençóis de cetim joga-se a desalmada!

No seu comportamento sem moral e libertino
Não respeita damas, virgens, nem meninos!

Carmen Vervloet

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Gula - Da Série Sete Pecados Capitais

Olho maior que a barriga...
Comida que jamais sacia
Obesidade a maior inimiga...
Não sucumbe frente a rezas nem bruxarias

Numa mesa tudo é pouco
Devora com apetite louco
Sem vergonha ou diplomacia
Do boi à melancia!

Carmen Vervloet

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Paixão de Carnaval

Na passarela do samba, debaixo do sol quente
Entre confetes, lança perfumes e serpentinas
Vislumbrou um sedutor arlequim sorridente
Que incendiou sua alma sonhadora e menina!

Fascinada... fez-se escala musical
Juntou as notas, criou acordes, mudou o tom
Buscou na alma a rima mais original
Só pra flechar, do arlequim, o volúvel coração.

Girou deixando à mostra as pernas torneadas
Mudou o ritmo, o passo, o compasso
Fez- se moça refinada e colombina incendiada
E se jogou sem pudor em seus braços

Mas um pierrô apaixonado
Que de outra ala tudo via
Em ciúme esfriou seu coração afogueado
Pondo fim a tórrida paixão que nascia.

E entre sambas, requebros e sopapos
Aborrecida na passarela do adeus
Colocou sua viola no saco
Chorando um amor que nem bem nasceu.

Carmen Vervloet.

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Paradoxo

A vida me obriga a agir
de forma oposta
às minhas preferências
numa falta total de coerência...
Respiro nuvens de poluição,
sou maré em agitação
no meu céu já não existe um astro rei
e no meu chão não há vaso em alabastro
com essências de paz...
Os valores devorados pela ganância,
verme alimentado por meteoros
em veloz ascensão
desprovidos de coração
que esmagam o povo e a nação.
Ecoa no ar um grito por justiça...
E ela tal qual bicho preguiça
rasteja por gabinetes imponentes
despreocupada e onipotente
multiplicando bens
diminuindo valores
ficando sempre aquém
do que é legítimo e verdadeiro
para um Brasil que deveria ser altaneiro
mas que padece as conseqüências
do mal da atualidade
a dualidade de máscaras
que cobrem as faces...
Que fazem coisas maiores,
mas não as melhores.
Complexo ou irreflexo?
Apenas paradoxo
que contraria o consenso
dos sentimentos!

Carmen Vervloet

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Peregrino

Voou paisagens fazendo novenas
sangrou muita dor secando feridas
pincelou telas brancas pintando açucenas
Galgou labirintos em paixão desmedida...

Rasgou as entranhas da vida...
Caminhou por fios de luar
buscou vãs acolhidas
um navio de sonhos... soltou ao mar...

Ah! Esse meu eu... eterno peregrino,
atravessou azuis poentes
versejou tal qual menino
um amor latente, sempre insistente...

Cruzou a Via Láctea já nebulosa
enfrentou marés em rebeldias incontidas
tantas vezes se fez açucena formosa
perdeu-se entre sonhos natimortos e angelicidas...

Passou por todos os caminhos
fez-se flor e também espinho...
Conheceu as agruras da vida
labutou e venceu a lida...

Sempre em busca da perfeição
fez sua explícita revolução
atravessou o milênio com galhardia
mas não me fez nítida radiografia...

Não me percorreu totalmente...
Não sei se...
Por incompetência ou covardia!

Carmen Vervloet

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