O que é isto, que sinto assim dentro do peito?
Sem jeito, fico a me indagar, com tal temor,
Deste sufocante calor, gaguez, medo, tremor...
Dizem que é o amor! Será o amor perfeito?
Ainda imperfeito estar o meu coração, sujeito...
A se entregar, sem blá, blá, blá, a esse amor,
Feito tão somente, a envolver, com fulgor!
Clareza com certeza, meu coração será refeito:
Das loucas paixões, das doídas ilusões, da vida!
E cicatrizes das feridas, que o marcaram de dor.
Nesse desamor, o coração partido, nela sofrida.
Ele quer pulsar novamente, na sensação vivida,
Dos estímulos mentais, nesse nosso favor,
Num amor, que nasça pela existência adquirida.