Que pensamento que vaga no lento olhar
Daquele que chama por um abismo
E clama pela morte instantânea
Desta coletânea dos seus sentidos
Como uma nebulosa
Que se estende no deserto
Querendo vencer presunçosa
A dor do peito aberto
Ao vento que bate fraco
Triste o infarto
De um sonho que morre todos os dias
E que dias malditos
Que dei pra mal dizer as urgias
Já que velo por mim
No relento inerte do pensamento
Que vem diminuir-me a alma
Já cansada dos dias insanos
Como a maré calma
Depois das fúrias dos oceanos
Há uma metamorfose dentro de mim
É sempre algo que me acompanha
E como aceitar o fim
De algo que se assanha na memória
Se já vai passando de ilusão
Pra melancolia da história
De um coração
Que só sobrevive a esses dias
Por causa de uma paixão.
DIAS
Data de publicação:
Sábado, 28 Novembro, 2009 - 18:29
- Blog de CARLA VELOSO
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