Quando o amanhecer entardece,
Quando o sol escurecer.
Nesta altura o claro torna-se escuro,
E o sorriso começa a desvanecer,
A alegria empalidece,
Com o aroma a solidão.
A escuridão que desnorteia,
Este fogo que não incendeia,
Este sol que não encadeia,
Este ser não sendo,
Este querer não tendo.
O tempo corre como aguas paradas,
Por isso sempre estático,
Apático.
O caminho percorre-se longe
Aproximando-se de mim,
Nada esmorece,
Pois toda a saudade tem um fim.
No momento da união,
No recomeço do viver.
Na vaporização de algo que passa.
Na aventura do poder,
Na certeza de em breve sentir,
Em breve ter.
Então sou feliz não o sendo,
Momentaneamente,
Pois este infortúnio tem prazo,
Na lonjura de um oásis,
Vejo o sol a pairar,
Sol que chega e me beija,
Sol que me ilumina e deseja.
Sou alegre quando penso,
E triste por nem sempre pensar,
Sou auto-suficiente,
Mas és tu que me fazes continuar.
Sempre
Data de publicação:
Domingo, 7 Junho, 2009 - 10:25
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