Sangra o peito vazante ampulheta,
rubra areia esvai, o tempo a fluir...
Subtrai do existir vida e paleta.
Onde Deus compõe tons, cenário a cobrir
Bate-me um relógio, adentro a pulsar;
ponteiros regredindo a cada mover.
Som do coração, um tiquetaquear,
do engenho a meçar o que resta viver...
Mas, s'existe uma corda á engatilhar,
tal motriz do não ser a abastecer,
a chave desengrena ao apaixonar...
Horas remidas somam-se no estancar,
libertas, não mais correm ao fenecer.
Perde a morte; que é viva ao não se amar.