Lapidar é tirar da preciosa
tudo que lhe encobre e adere.
Mas, com sutileza e não grossa,
ou toda beleza se fere...
Pétalas destroçadas da rosa.
Num sonho, de suave dormir.
Zelado os olhos por mascara,
a pele, sedosa, é o cobrir
no pulso do coração a joia rara,
que o Sol levante vem abrir.
Gema preciosa, ao sol igual,
é o amor enterrado por dentro.
Nas quimeras ditas do racional.
Mas, aquiete a alma e vá ao centro,
e há clareza, límpida, no cristal...
Desbaste o que a “aranha fia”...
A encobrir das facetas o brilhar.
Um diamante em fulgor já havia,
nestas terras, que tendem a embotar.
É pedra, mas o que não se via.
Seu diamante a luz a esperar...