A fonte do poema é uma mina
que irrompe no solo ressequido.
Tal luz de pirilampo, que ilumina
onde pode, espera, o não cabido.
Tem do indomável o tom de cina
e do saber, além do que é vivido.
É cavalgar apenas tendo a crina.
Galopa Corcel sem ser conduzido...
Brota como a semente inusitada,
que germina no concreto e parede,
sem ter sido ali por ninguém plantada
A fonte do poema é encantada...
Quem dela bebe aumenta sua sede,
pois, é doce a água dela jorrada.