DESCORTINANDO
O tempo passa
E tu te agarras
A esta velha roupagem
Já velha e muito gasta
Que hoje quase se arrasta
Na escuridão do prazer
Não vês que lá adiante
Te espera luz radiante
Em nova forma...
Não vês, pois teus olhos só enxergam
A tua enorme vaidade
E toda a necessidade
Que tens de absorver
Gota a gota a maldade
Que te leva à insanidade
De em nada mesmo crer
Dominastes, governastes
Mandastes e desmandastes
E agora cara amiga
Já sem forças e condições
De sequer olhar para trás
Fazes do medo a persistência
Suspendes as tuas queixas
Pois que neste mundo não deixas
Sequer uma recordação
Que se transforme em oração
E te faça o coração
Um dia de novo bater