Grito

Foto de Alexandre Montalvan

Amor Reprimido

Eu não posso mais ouvir a voz
Ou o grito que a garganta sufoca
Eu não posso ser cruel e algoz
Deste amor que já não trago à boca

Mas que teima em explodir em meu peito
Prisioneiro posto entre as grades
Que insurges contra o aço feito
Com as rosas rubras das saudades

Deste amor que não tem jeito
Como um arranjo em um jardim
Ou as flores de um canteiro
Como a dor do mundo inteiro

Cresce puro e verdadeiro
E apesar de derradeiro
Este amor, já não tem fim

Alexandre

Foto de Paulo Gondim

Humano

HUMANO
(Paulo Gondim)

Apenas humano
E assim vai se suportando
Com sua mágoa, sua dor contida
Na angústia que o vai matando
Num sofrer sem fim
Na chaga que o vai marcando
O resto de vida sofrida, doída sim.

Por isso é humano
Porque não tem vantagem
Porque a vida é dura, fria, vazia
Só, com a cara e a coragem
Mesmo assim não foge, luta
Na visceral exposição da vida
Do grito aflito que só a alma escuta

Acima de tudo, humano
Descomposto, vago, ambulante
Exposto em carne viva
De tamanha revolta em seu andar errante
Não há mentira nem desfaçatez
É apenas um homem
Com todas as marcas que a vida lhe fez.

Foto de Alexandre Montalvan

Anjo

O mar borbulha em sangue derramado
Idolatrando o anjo sanguinário
Que voa lento e sobre, neste manto eterno
Com asas negras neste imenso inferno

Eu me sufoco nesta sinergia
Grito o teu nome lenta agonia
E nesta mascara sádica de alegria
Eu me convenço de teu louco amor

Sinto na brisa teu doce perfume
E nesta rosa tua maciez
Tão doce é o sonho da tua realidade
E tudo que vejo é tão só, talvez

Quero entregar-me a este calmo sonho
Em teu regaço repousar, dormir
E navegar em tua voz de santa
E esquecer e não morrer, partir!!!!!

Alexandre

Foto de Carmen Lúcia

A poesia que ainda não fiz...

A poesia que ainda não fiz
jaz adormecida dentro de mim
entre essências de rosas carmim...
É sonho que não alcancei,
é dia que não começou,
esboço traçado a giz,
vento que nunca soprou.

A poesia que ainda não fiz
é auto retrato de mim,
contexto que só contradiz
a vida vivida assim...
É pássaro que jamais voou,
amor que nunca tem fim.

A poesia que ainda não fiz
é paz do silêncio que fala
trazendo em tonalidade azul
a fé entre névoa densa e rara
que enaltece sem deixar rastro
emoldurando Picasso.

A poesia que ainda não fiz
guarda a ousadia da qual sou incapaz,
grito que rasga a carne
querendo se verbalizar...
fantasia que não se desfaz
deslizando entre versos,
guizos que trazem avisos
de tempos felizes que hão de chegar,
ancoradouro onde aportam navios
acenando sonhos
que ainda quero sonhar.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Retalhos de fantasia

Nesse carnaval estarei na avenida
A reviver pedaços de minha vida,
Em cada disfarce, em cada fantasia
Uma verdade mascarada de utopia...

Em cada arlequim, um pouco de mim,
Da colombina, o amor que termina,
Do pierrô... lágrimas vertidas,
Da jardineira, as flores perdidas.

Do palhaço, o riso sofrido,
Da odalisca, prazer reprimido,
Do bobo da corte, o grito contido,
Da porta-bandeira, a paixão derradeira.

E verei minha história
Refletida na escola...
E no samba a tocar
Meu enredo a sambar.

Carmen Lúcia

Foto de Fernanda Queiroz

Parte de mim

Parte de mim

Que a distância que se formou entre nós
Não seja morte premedidata
De todos os sonhos que vivemos
Dormindo ou acordados
Porque uma parte de mim é sonho
E a outra parte realidade
Que a tua voz vibrante e melodiosa
Seja mais forte que este silêncio
E que meus lábios possa dizer Te Amo
Mesmo em minha constante ausência
Porque uma parte de mim é meu grito
E a outra parte é silêncio
Que minha face mostrada em video
Nunca gere esquecimento
Que possa ser vista e lembrada
Muito mais que um momento
Porque uma parte de mim foi filmada
E a outra parte a ti está reservada
Que a tua vontade de me encontrar
Não se deixe vencer por minhas palavras de adeus
E por mais que elas tenham sido convincentes
Não deixe que prevaleça em tua mente
Porque uma parte de mim foi partida
Onde outra parte aguarda tua chegada
Que o medo da desilusão não o afaste
Que a esperança perpetue em tua face
Que possa lembrar de mim com um sorriso
Muito mais que eu possa dá-lo
Que possa sentir meu carinho
Mesmo sem que possa tocá-lo
Para que uma parte de mim seja presente
Que viveu em teu passado.
Mas que este passado vire abrigo
Onde habita a saudade
Para que um dia possamos ser
Muito mais que casualidade
E que em meu habitat de sonho
Você possa viver de verdade
E neste teu mundo diferente
Eu consiga viver derepente
Que o som da natureza te aplauda mais alto
Que todos os sons que já ouviste do palco
Porque se uma parte de você é canção
E a outra parte sou eu
Uma parte de mim é você
E a outra parte é você também.
Porque uma parte de mim é amor
E a outra parte também

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Poema inspirado na canção
Metade (Oswaldo Montenegro)

Foto de Ayslan

Saudade de Amar

Hoje não pode controlar estive distante de te
Negando-te um carinho, um versinho tímido sem rima
Hoje a poesia resolveu soltar o grito contido
Resgatou do fundo do peito o conto de amor e o fez real.
Senti em meu peito uma vontade de viver, essa felicidade de ter você
novamente aqui junto de mim.
Sim o sentimento amor estive distante, ausente dos meus dias
Ainda que vivendo dentro de me esteve silencioso e tirando-me a inspiração de ser poeta e de amar.
Mesmo que se acabe no final dessas palavras você voltou
Vou te procurar agora meu amor quero sentir em teus beijos a vontade de sonhar o amor voltou quero te abraçar, sentir teu cheiro e me encantar, alimentar meus desejos e dizer baixinho em silencio de olhos fechados que te amar não é segredo.

Vou ouvir por hoje meu peito vou matar essa saudade e desejo
Vou te pedir com carinho me deixa vê-la sorrir e buscar no fundo dos teus olhos
um simples feixe de luz que um dia me vez feliz...
Vou ouvir só por hoje meu peito vou matar essa saudade e desejo de te dizer.
- Eu te amo Priscila

Para: Priscila

Foto de Melquizedeque

‎:::: QUELÍCERAS POÉTICAS ::::

Escavo a poesia a procurar veneno!
Não o ungüento que afaga ou antídoto...
Torturo-a até ouvir seu grito macabro;
Afogo-me no mar de sangue, nojento.

Caminho nos rastros das cobras,
Nas saias curtas de viúvas negras,
Nos sanatórios que encontro na estrada,
Ou velórios onde mortos passeiam.

Desenterro sarcófagos intactos,
Ali me aqueço nas madrugadas frias.
O relâmpago nas trevas me salva
Quando o tédio seqüestra meu dia.

A poesia doce cheira hipocrisia.
É sedentária e ilusória – frágil mentira!
O mistério poético e visionário do ser
É encontrar a si mesmo num reflexo constante.

Arranco o coração da poesia com os dentes,
Estrangulo-a sem piedade; sou quelícera afiada!
Apedrejo seus filhos, bebo fel sorridente...
- Ela é cólica análoga a um mundo decadente!

Charles Von Dorff, 18 de janeiro de 2012.

Foto de Shyko Ventura

" O SOM DO CORAÇÃO"

O SOM DO CORAÇÃO “

...QUANDO O GRITO JÁ NÃO SAI,
QUANDO A VOZ EMUDECE SÓ,
QUANDO AS PALAVRAS SE VOLTAM
CONTRA A BOCA E DESCEM PELA
GARGANTA ABAIXO,
CONTRA A PRÓPRIA VONTADE;
QUANDO NÃO HÁ MAIS SOM,
RUÍDO OU BARULHO A SE FAZER;
OUÇA O SOM DO CORAÇÃO!
MESMO QUE OS OLHOS
NÃO CONSIGAM MAIS TE REVELAR
O QUE ESTÁ VENDO,
E AS MÃOS PARALISADAS DIANTE
DA AÇÃO QUE DEVA TOMAR;
OUÇA O SOM DO CORAÇÃO!
POIS ELE É LIVRE DE TI,
É PURO, POIS NÃO VÊ;
É MUDO, POIS NÃO COBRA;
É INTENSO, POIS SÓ SENTE;
É VERDADEIRO, POIS NÃO SABE MENTIR;
É TRANSPARENTE, POIS SÓ AMA;
E DE AMOR SOBREVIVE,
DE AMOR RENOVA-SE,
POR AMOR SE MULTIPLICA
E SÓ ATRAVÉS DO AMOR, PODE SER OUVIDO E AMADO!!!!!!!!!!!!”
____________________by SHYKO080112.

Foto de Rute Mesquita

Doce delito

Num fervilhar louco de sentires e quereres ofegantes, paras por momentos a translação dos nossos mundos. Sais numa correria, de alma genuína, de corpo escorrido de transpirares gritantes e com um grito forte, declaras que me amas, abalando todas as moléculas do meu ar.
A alma foge-te louca e destemida, as palavras embatem apaixonadas no meu cortiço. Os teus olhos expressivos perfuram-me à medida que me desnudam. Espalhas pelo meu corpo beijos sentidos, toques que me queimam a pele, olhares contemplantes que implantas em mim. Sabes o quão sou tua, sabes como me dar vida assim como sabes como ma tirar.
No meio da loucura, da dança exibida dos nossos corpos, cometes um homicídio, matas-me (de ti) e logo a seguir suicidaste (de mim).

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