ternura

Foto de Arnault L. D.

Desejo, amor e lembrança

Vai meu vento amigo
e leva este amar triste
até ela, junto a ela...
Leva assim contigo
este céu lindo que insiste
em dizer que a noite é bela.

Leva essa brisa do mar,
que crispa nas ondas a espuma.
Em sua carona, os distantes.
um infinito a espelhar...
O amor que aos pouco se esfuma,
mas que ressurge em instantes.

Traz se puder um perfume,
salgado, da pele que lembro.
Quanto a imagem, eu formo,
ligando os pontos de lume
das estrelas, membro a membro.
Tela e cinema o breu transformo

Somente este céu como ponte
a espelhar miragem e ansejo.
E o oceano, que além avança,
mais do que pode o horizonte,
comporta o imenso que vejo,
de desejo, amor e lembrança.

Foto de Carmen Lúcia

Aos enamorados

Hoje as rimas reclamam versos,
bailam pelo ar dissimulando os queixumes,
flores realçam cores e perfumes
e se revestem das belezas do universo.

Hoje as dores dão dia de pausa,
secam o seu pranto, esquecem suas causas,
silenciam ante a canção anunciando festa
e festejam a vida que se manifesta.

Hoje o amor exerce seu poder
e com força tamanha se faz prevalecer,
surpreende o desencanto, sublima o inesperado,
enche de encantos os corações apaixonados.

_Carmen Lúcia_

Foto de Felipe Ricardo

Um Calmo Soneto Sobre o Sono

Agora durmo no doce deleite
De teus quentes lençóis e assim
Vejo-te decair sobre o velho manto
De Orfeu e assim a noite se faz

Então finamente resolveu brincar
Com minhas estrelas não é menina?
Tenha cuidado com elas, pois como
Voce elas só aparecem a noite

Quando eu resolvo dormi e lhe
Encontra em meus devaneios e
Sonhos onde agora posso

Gentilmente acariciar tuas lindas
Madeixas e delas fazer minha bom e
Terno manto onde tu me faz em sonho [...]

Foto de Carmen Lúcia

Em sintonia com a inspiração

Corre , inspiração, recolhe as palavras...
Não deixes que se percam por entre vazios
e morram sem terem dado ênfase à fantasia
sufocando versos que de ti espelham.

Dá-lhes vida imbuída de encantos,
abranda o barulho do vento, faze-o brisa
a soprar nos mais etéreos e profundos cantos
e que de lá flutuem colorindo o mundo.

Vai, inspiração, cumpre tua sina,
explora o poeta que arquiteta o que imaginas,
segue confiante, em cada esquina te espera
um artesão de sonhos que em ti confia.

_Carmen Lúcia_

Foto de Felipe Ricardo

Ultimo Soneto sobre o Tempo

"De nada mais vale o sinuoso pensar
Daquele que não ver mais o seu próprio
Tempo passar diante seu fronte já velha
E pálida, pois para ele o tempo morreu

De nada vale o sincero sopro de vida
Que agora o tempo dá a quem aqui nasce
Se ele mesmo, pobre infante desconheces
A maravilhosa dor de passar o tempo

Ah! Mas se aquele tempo resolve-se brinca
Será que ela seria gentil ou simplesmente
Deixaria-me escolher os meus caminhos?

Ah! que triste fim o meu ser cativo a escuridão
Do fim das eras... Quem me dera poder ser como
Voce com começo e fim aqui dentro de mim [...]"

Foto de Carmen Vervloet

Um Lindo Exemplo

Na alegria, na tristeza,
na saúde, na doença,
este casal com certeza
cumpriu do matrimônio a sentença.

No meio das hortênsias,
no canto das aves,
na rica existência,
na instabilidade da nave!

No espaço circundado todos
contemplam o milagre da união
e se perguntam:
- Quanto já sofreu cada coração?

Em cada par de olhos
vê-se rios antigos
por onde o outro viajou
deixando rastros de ternura e carinho.

O quanto cada um suportou?
Bobagem, não importa!
O que importa é que o amor floresceu
e perfumou tudo ao redor!

Foto de Carmen Lúcia

Quando a alma transcende...

Transcende minh’alma para o infinito azul,
perpassa névoas, embebida pela luz
naquele silêncio que o amanhecer produz,
e leve feito pluma, levita ao léu
ao encontro da última estrela
que ainda brilha no céu.

Paira nas paisagens que a tocam
como a suplicar seus instantes de paz,
instantes que não voltarão jamais
iguais, pois da irrealidade brotam.

Flutua como se fosse lua
na imensidão criada para ser aguardada,
onde o inusitado invade o surreal,
onde o blue da luz acende feito um sinal
e o universo emudece em reverência ao ritual.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Estatua Branca

Na beira de um estrada, aonde a grama se perdeu entre ervas daninhas, existe uma estatua branca. Agora nem tanto... Porque a Lua e o Sol seguindo a cruzar o céu, muitas, e muitas vezes, datas, anos, décadas, a tingiram de tempo.

Ela retrata um lindo rosto... com o olhar cheio de amor. E uma história, triste, que ninguém mais sabe, ou quase.

Figura alguem que fora muito e muito amada, e por estocadas, cuidadosas, de cinzel, este amor foi eternizado, talhado ao mármore frio. Uma ternura tanta, que não deixa espaço à duvida, e fala em voz alta, ser obra de quem lhe dedicou este amor.

E esta entrega foi tão linda e sincera... Que até mesmo os ateus veriam nela algo de divino.
Mas, infelizmente, acontece que o divino e o humano, são coisas distintas.... E ela se foi.

Além do amor, existem outras riquezas, riquezas estas que o homem do cinzel não possuía.
Mas, que um outro, sim.
E ela escolheu, e se foi.

Para ele, restaram aqueles olhos na pedra fria... talhada e branca, para mesmo assim teimar em pedir:
_ “...Volta, volta amor... !”
Mas, apenas a loucura respondia....
E repetiu por tanto tempo, que o tempo passou..., que o tempo acabou.

Quanto a ela, longe dali, muito longe... descobriu que o preço das “coisas” é sempre em metal, mas, o valor... não. Certos valores são incalculáveis. São pagos por primícia, presentes de Deus, coisas de divindade...

E muito rica, constatou esta verdade, e que sempre, não é para sempre. E envelheceu.
Para ela o tempo passou, na certeza gélida das coisas incompletas... Seus olhos nunca mais foram como na branca estatua.... Aquele olhar, aquele amor; preterido, diminuído...

E o tempo passou, e o tempo acabou...

Lá na beira de uma estrada, onde a grama se perdeu. Existe uma estatua branca.
Dizem que as vezes, quando o luar compete com as gotas de chuva, quem passa por ali, se prestar bem atenção, pode ver quando a agua a banhar o pálido rosto, empresta-lhe um pouco de vida, na forma de lagrimas...

Por seus olhos a chuva chora...
Na espera de um antigo amor, a pedir: Volta, volta...

Foto de Lucas Cândido Valadão

Então Si Vá

Minha Condição de amante louco logo terá fim
pois agora não tenho certeza q gosta mesmo de min.
Si quiseres um tempo seria melhor separar, pois dando um tempo nossa situação vai piorar
Si não me Ama mais, não finja me adorar, pois fingindo nossa situação vai piorar

Si com outros, queres está. Vá
Vá com o Perdão
Vá levando meu coração
Vá logo e me deixei aqui na solidão
Pois prefiro a solidão, do que a Dor da traição

Quando o Amor acaba, dificilmente volta a começar
Não pense que do Final um amor possa começar
Não si machuque tentando me agradar
Pois a Mentira pode até nos Matar
Lucas Cândido Valadão

Foto de janie

ENTE

ENTE...
Humanamente impotente!
Ser sobrevivente!
Carente ou influente...
Bendizente ou maledicente...
Inocente ou delinquente...
Simplesmente
Ser vivente!

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