saudade

BALANÇO
Paulo Gondim
01/05/2010 (1h07)

Não que eu me dê por vencido
Embora o cansaço já se faça à vista
O tempo já não corre tanto, parece mais lento
A pressa de viver, agora, nem reclama
Até posso acordar mais tarde!

Um ganho. Acordar mais tarde.
Uma conquista que desperta o sono de muita gente
Tão simples, tão insignificante, mas perseguida.

Aos poucos, inicio uma prestação de contas
Uso meus conhecimentos de contabilidade
E entre lucros e perdas, o balanço não bate
Há apenas um lucro presumido
Pouco guardado e muito a ser esquecido

Um por cento, talvez, seja meu ganho.
Na conversão de valores, pouco me sobrou
Uns sorrisos amarelos, algumas desculpas
E, lá longe, um pedido de perdão...

Mas guardo comigo, da parte que soneguei,
Um momento de paixão, intenso, embora breve
Que me vale como aposentadoria
Foram os beijos com sabor de cigarro
Apesar de minha aversão pelo fumo
Mas esse gosto não sai de minha boca

Meu amor a algo na distancia que as palavras não podem te falar... Há algo na saudade que me faz poeta... Há algo mágico nas lembranças nesta mesma noite de saudade que mim faz te escrever abrir o coração em frases e rimar com seu nome nos versos. Nesta noite os minutos passam lentos estou longe de te quero ouvir sua voz, mas não quero te acorda sabe aquela saudade que acabei de falar neste mesmo conto já me fez chorar não seriam lagrimas de tormento... Eu digo que são palavras pronunciadas pelo coração... Onde escuto cada lagrima ao tocar meus lábios posso em um breve instante que permanecem molhados saciar minha sede de contigo poder estar. São em suas lembranças, nos seus gestos, seu carinho e atenção, seus olhos que falam pelo seu coração, no seu eterno sorriso de criança harmonioso que melodicamente me inspira a escrever... Mesmo agora depois de algumas linhas esse texto continua incompleto e mesmo que nos próximos versos repita incansável a mesma frase falta você aqui pertinho de mim apenas ao cair da ultima lagrima escreverei a ultima frase essa que me leva ate você – Eu te amo Priscila.

Para: Priscila

Tudo que vem do mar vem carregado
O banho no mar descarrega
O horizonte do mar é alucinógeno
O cérebro celebra a lucidez
Os detritos do mar são joias raras
Encontrei um relógio no verde mar
E assim se passaram mais de trinta anos
Tá vivo
O mar é um lugar sagrado
Para rir

Para chorar
Salgar a face
Ficando lisa, sedosa
Pronta para acariciar
Ser cearense tem seus brios
O mar tem água quente que aquece a mente
E aflora na vulva um desejo incontrolável
O pescador tem vida garantida
O artista vive e faz arte
Aprende como o cotidiano
Planeta dos mares!
Oh! Mestre mar
Devemos
A amar o mar
No mar amar