CIÚME
É uma das mais inquestionáveis sensações de perda
Que nos remete a fazer coisas irreparáveis
Deixamos de transpirar amor e principalmente gentileza
Dizem que ciúme sente que é inseguro
Mas o mais enraizado dos mortais quando ameaçado
Faz estrago, e simplesmente desce de cima do muro
Todos nós temos um grau de ciúme
Mas muitos extrapolam e se tornam doente
Apagando o lindo fogo do amor, exterminado qualquer lume
O desrespeito é a mais grave de todas as intolerâncias
Provocadas por esse sentimento exterminador
fazendo murchar qualquer resquício de esperança
O ciúme sempre estará acompanhado da desconfiança
Não mede qualquer ação, magoa os corações
Decepa qualquer recomeço, mata qualquer esperança...
Como ele surge? Talvez por sentir o relacionamento ameaçado
Ai! vem o medo, suspeição, desconfiança, angustia, ansiedade...
Esquecendo de tudo o que antes era só cuidado
Toda história tem um “que” de ciúme, que nos diga "Otelo – O Mouro de Veneza"
Que deixou o monstro dos olhos verdes invadir seu mundo
Matando sua amada dona de uma estupenda beleza
Tal vez seja essa síndrome de Otelo
Que deixa os seres humanos cada vez mais sem razão
Esquecendo que o amor é tudo e o mundo de quem ama é cada dia mais belo
O ciúme pode corroer o coração de muitos seres
Tornando-os escravos desse sentimento maquiavélico
Tornando os dias desses seres, sem esperança em novos amanheceres
Quantos casais já cometeram loucuras e até mesmo crimes avassaladores
A exemplo do Mouro, já morreram, bateram o até mesmo enlouqueceram
E depois choram a sorte de não conter tal sentimento e a perda de muitos amores.
Jonas Melo !