erotismo

Foto de airamasor

Fantasias....

Fecho os olhos
e te sinto chegar devagarinho...
E, com um beijo apaixonado,
vou me prendendo aos teus carinhos.

Olhar sedutor,
boca sedenta de amor,
cheiro de prazer,
vontade de te ter!

Vou me perdendo nos teus beijos,
me aquecendo nos teus abraços,
me inspirando nos teus desejos.
me entregando às fantasias...

Sinto tuas mãos quentes deslizando pelo meu corpo,
tua respiração ofegante...
Sinto o meu corpo tremer
e passo a delirar de prazer!

Amor selvagem!
Irresistível, apaixonado,
terno e carinhoso,
com gostinho de quero mais!
É assim que te imagino, meu amor!!!
(Aira, 08 de março de 2011)

Foto de Graciele Gessner

Ser Mulher (Graciele_Gessner)

Mulher é ser amiga para toda a hora.
Mulher é ser esposa que deseja ser amante de seu amado.
Mulher é ser namorada que ama e deseja ser retribuída.
Mulher é ser determinada mesmo com os obstáculos.
Mulher é ser aluna que não desiste de estudar e progredir.
Mulher é ser batalhadora sofredora pelas injustiças.
Mulher é ser perseverante que toma decisões rápidas.
Mulher é ser apaixonada pela vida e tudo que lhe rodeia.
Mulher é ser admirada pela luta constante.
Mulher é ser guerreira com ousadia de enfrentar tudo e todos.
Mulher é ser pacífica mesmo tendo grandes sentimentos ocultos.
Mulher é ser comediante transbordando a sua felicidade!
Mulher é ser amada, sendo adorada, sendo respeitada...
Mulher que vira uma menina serelepe diante do seu amor.
Mulher com olhar prestativo a tudo que acontece.
Mulher com sorriso lindo que cativa como num passe de mágica.
Mulher que gargalha sem se preocupar com as opiniões dos outros.
Mulher que abraça e não solta o seu amor por nada.
Mulher que beija, que deseja, que aspira pelo seu companheiro.
Mulher que inspira confiança e franqueza nos seus conceitos.
Mulher amando e querendo ser correspondida.

Mulher, você que é guerreira diária da vida...
Jamais desista de sua essência de viver e sonhar.
Continue lutando, amando e sorrindo para os problemas.
Quando caírem lágrimas em seu semblante será temporário e tudo passara.

Parabéns, mulher guerreira...
Parabéns, mulher amiga, namorada, esposa e amante...
Parabéns, mulher determinada, perseverante, batalhadora...
Parabéns, mulher amada, adorada, admirada...
Parabéns mulher!

Copyright-©2007 Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Fernanda Queiroz

Mulher de todos os dias

Uma homenagem a mulher, que não foi homenageada, e que em tua missão, foi omissão, perdida, ferida, mulher de todos os dias, mulher de toda nação.

Não poderia deixar de prestar minha homenagem a esta gigante guerreira, que ao longo dos séculos, vem construindo histórias, acalentando lares, cantando louvores e morrendo de amores.

Meu abraço especial a todas as poetas do site,"Poemas de Amor" a todas participantes ou visitantes, meu carinho incondicional.

Fernanda Queiroz

Foto de airamasor

Amor, Paixão, Desejo....

Fecho os olhos e me imagino em seus braços.
Meu corpo junto ao seu, vibra intensamente,
ao toque sutil das suas mãos.

Vejo a sua boca, a minha procurar
e não a deixo esperar.
Selo, com um beijo molhado,
esta busca gostosa, que me faz delirar.

Quero você junto a mim.
Sentir o seu cheiro e ver seu corpo inteiro
o meu também querer.
Meu peito colado ao seu,
sente o seu coração acelerado
que aumenta a cada carinho recebido,
pois minhas mãos, não consigo mais controlar.

Tudo é tão gostoso.
Até o toque de nossas bocas
em simples beijos, me faz arrepiar,
despertando ainda mais minha louca vontade
de poder te amar.

Em seu rosto, vejo a expressão do desejo.
Sinto suas mãos em meu corpo deslizar.
Todo o meu ser se estremece,
e deixa brotar ainda mais esta ânsia
de lhe pertencer.

Te desejo como nunca.
Queria seu corpo agora, para cobrí-lo de beijos.
Preciso de você, como jamais precisei de alguém.
Não sei mais viver sem o calor do seu corpo,
sem o toque das suas mãos e da sua boca,
que me diz coisas lindas
e a cada beijo, me enlouquece.

É Amor? ... É Paixão? ... É Desejo?
É tudo ...
Estou completamente embriagada por você.
Quero perder a razão
e só retornar a realidade quando, juntos,
explodirmos de prazer, Eu e Você.
Pois acredite Meu Amor,
Ninguém faz amor, como você.
(Aira, 07 de Março de 2011)

Foto de airamasor

Como Explicar.....

Enquanto me envolves nos teus braços
Beijo teus lábios molhados
E nossas línguas se confundem
No sabor delicioso do prazer.

Tuas mãos passeiam na minha pele,
Gemidos se misturam no ar
E nossos olhares se encontram
No calor do desejo.

Quero olhar no fundo dos teus olhos
Para falar o que minha alma grita.
Será amor, paixão ou um simples desejo?
E se fosse isso tudo?

Como explicar, como dizer,
Que enquanto nossos corpos ardentes
Entre beijos e caricias se amam,
Meu coração começou a te amar.
(Aira, 07 de março de 2011)

Foto de raqueleste

De uma louca amiga....

Somos amigas, mais eu te amo, e a culpa é sua tenho que dizer, porque um dia Desses veio acontecer. À coisa mais louca e boa dá minha vida que me faz até hoje Sonhar com você...
Um desejo louco veio me prender.
Eu não posso isso...
Eu não posso aquilo...
Minha consciência sempre a me dizer.
Estou ficando louca...
Estou muito assustada
Oque aconteceu eu vou te dizer:

Um dia No escuro ouvi sua respiração ofegante.
Senti seu suor, seu cheiro.
Percebi sua urgência em sentir
Fingi que estava dormindo,
Seu corpo então encostou no meu
Meus cabelos foram acariciados
Suas mãos procuram meu corpo
Pedindo para ser tocada
Falando besteiras, bem baixinho.

Fiquei ali quieta olhando você
Sentindo você cada vez mais perto
Seu cabelo suas mãos seu dedos

Depois de um tempo você se levantou
Tirou a roupa, voltou para cama, e eu ali quase te agarrado.
Desejando seu corpo tocar, beijar acariciar, te ter...
Você então me abraçou e me beijou...

Eu fiquei sem fala
Que desejo louco
Não pude ceder
Disseram-me que era errado... Que era pecado...

Meu coração disparado
E eu Sentindo suas mãos por dentro da minha camisa
Descendo subindo... Fazendo curvas, linhas e círculos.
Ai que vontade de beijar sua boca...

Cada vez mais perto
Cada vez mais junto
Mais ousada...
Sua mão em minhas pernas. Sua boca em minha costa

Que delicia
Que gostoso
Sussurrava baixinho: Estou tão excitada

Você já estava rouca, já estava úmida...
Então loucamente você começou a se tocar
Percebi pelo jeito cada vez mais rápido
Que estava quase lá...
Começou a falar entre os dentes
Que delicia me chamar de gostosa, me falando assim: meu amor vou gozar.
Respiração rápida. Movimentos rápidos
Gritos e gemidos, e eu quase louca de tanto a desejar.
Por fim tudo acaba e você adormece...

Fico ali parada, toda excitada, não consigo dormir.
E a noite passa...
O dia amanhece e você me abraça
Quando se levanta você me olha rindo, me dizendo assim:
A noite foi ótima, Pensando em silencio em minha mente passa todo aquele filme.
Então a resposta: que não fora dita naquele momento, te direi agora...
Realmente aquela noite foi boa mais para você não para mim.
Porque até hoje ela me assombra me pego acordada me tocando, e lembrando Você.

Foto de Carmen Lúcia

Auto descoberta

Foto de Tiaginh

Calor do momento!!!

Esses teus cabelos negros,
escuros como a noite e belos como o luar,
escuridão profunda, nada mais brilha do que esse teu olhar.
Esse teu corpo, que me deixa absolutamente louco,
No qual eu recordo as nossas noites , onde quase ficávamos sem fôlego,
Nossos corpos estavam quentes devido ao calor que se sentia no momento.
Noites de verão, de pura seducão no qual tu me deixavas sem forças.
Tempos que passaram e nunca mais voltaram.
Tempos que só tu e eu saberemos como foram bons.
Tempos que só eu e tu recordaremos.
A chama de amor entre nós morreu.
E nós tamem morreremos.

Foto de MALENA41

CALMA, MEU BEM

Ela dizia
- Calma, meu bem!
Mas no fundo queria mais e mais
Ele sabia
Ele sabia que ela não se contentava com pouco
Deixava-o meio louco
Então ele corria a mão
Pelo corpo branco
Pela pele macia
Deslizava a boca
Ia deixando-a louca
Louquinha
Então ela o cavalgava
Pedia, dava
Ela era um vulcão
Puro tesão
E o desconcertava
Não entendia seus múltiplos orgasmos
Pra que tantos? - perguntava
Ela ria
Ria e gozava

Malena

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

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