dor

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa XIX - Inverno

Tigre: “- Como pôde fazer isso comigo ?”
“- Fui seu amor, seu melhor amigo !”

Assim o Tigre rugia,
desesperado em eterna agonia.

Queria simplesmente odiá-la,
mas só conseguia ainda mais amá-la.

Isso o deixava mais atormentado,
com o conteúdo daquele recado.

Quem seria o estranho que o teria avisado,
sobre os reais motivos de terem se separado ?

Como sabia de tantos detalhes ?
A Rosa poderia ter mostrado os entalhes ?

Nada mais importava.
Apenas a dor o corroía, incomodava.

Lembrou de todas as promessas de amor,
de um futuro belo e cheio de cor.

E pensou sem resultado:
Tigre: “- Como tudo pôde dar tão errado !”

Percebeu que o tempo,
ajuda a refletir sobre o momento.

Tentou apagar a mágoa que não passava,
mas ao lembrar apenas chorava.

O poderoso Tigre foi derrotado,
por seu coração amargurado.

Pela bela lembrança da felicidade,
que poderia ter durado a eternidade.

Tentaria entendê-la um dia,
mas não era a hora, nem o dia.

Ao fim de mais um inverno,
sentiu que conhecera o inferno.

Foto de Jessik Vlinder

O Poder dos Teus Olhos

É como olhar para dentro de mim mesma e sentir quão pouco eu sei sobre mim.
É como me perder num labirinto abstrato de emoções desconhecidas.
É como naufragar em águas calmas e esperar lentamente a dor chegar.
É como dançar com a hipnose das estrelas cadentes.
É como receber a notícia de uma sentença perpétua.
É como domar uma fera e querer ser dominado por ela.
É como se olhar no espelho e ver a imagem de outra pessoa.
É como estar preso em grades invisíveis.
É como ser rendido por mil homens armados.
É como ser roubado pelo melhor amigo.
É como estar submisso a quem se mais despreza.
É como perder a noção do espaço, do tempo, do chão.
É como ficar nua em meio à multidão.
É como ser invadida por centenas de finas agulhas.
É doloroso, é fúnebre, é tenso...
É atraente, é ofensivo, é invasivo.
É ácido, é sutil, é amargo.
É frio, é carregado, é temeroso.
É inseguro, é preciso, é lascivo.
Olhar-te é, por fim, é um plácido suicídio de sentimentos.

Foto de Amy Cris

Devo estar sonhando

Você nunca me notou
sempre me ignorou
Me fez sofrer tanto sem sentido
E deixou meu coração ferido
Será que em algum doce dia, serei mais que um fantasma para você?
É tão difícil apenas poder sonhar em te ter
Você nunca pensou que aquela garota que gostava de chorar, na realidade sofria por te amar?
Eu quero que você preste atenção em mim
Não entendo o porque de não te ter se meu desejo não tem fim
Sempre estarei esperando por ti
Só você poderá me fazer voltar a sorrir
Não acredito que isso está acontecendo
É tudo ao mesmo tempo
Não sei se consigo suportar a ideia de não poder fazer você me amar
Infelismente tudo parece um sonho do qual não posso acordar.

Foto de Allan Dayvidson

VOCÊ VAI DESCOBRIR

Sempre vasculhando por todos os cantos
e tudo o que encontra é sujeira embaixo do tapete.
O fim dessa busca insana é incerto.

É como se houvesse perdido algo que,
na verdade, nem sequer sabe se existe,
mas de alguma forma sente sempre estar tão perto.

E você espera ansiosamente,
espera como se houvesse marcado encontro.
E você espera desesperadamente...

Quantas vezes será preciso dizer
que não há ninguém esperando por você na calçada?
Quantos tropeços precisará dar
para ver que isso não leva a absolutamente nada?
Quando até sua alma estiver machucada...
você vai descobrir.

Você coloca suas ataduras
como se vestisse uma armadura,
mas nada impedirá seu coração de se partir.

Enfia os dois pés em outra aventura,
se joga de cabeça, não importa altura,
na esperança dessa fantasia existir.

E você espera ingenuamente,
espera como se já estivesse quase lá,
e você espera corajosamente...

Por que continua a fazer assim?
Não vê o que isso tudo fez comigo?
O que eu faço com essa parte de mim?
Será que só quando não houver mais nada para se partir,
você vai descobrir?

Foto de Allan Dayvidson

MAIS UMA VEZ SOBRE VOCÊ

Sempre a seus pés,
nunca seguro em suas mãos.
Uma bela dose de minha hipocrisia
e nem um pouco de sua franqueza.
Aqui estou eu de novo,
desarmando minhas fraquezas,
procurando
desculpas em suas intenções,
mas não...
E desisto pela enésima vez.
Perdoe-me...
por mais
este
poema.
Mais uma vez, é sobre você.

E eu ouço tudo o que você pretendeu dizer.
Não repetir seu nome não parece me deixar melhor.
Pergunto-me quando esse ferimento causará tal dor
que mate,
mate e supera este suposto amor.

De vez enquando,
eu olho aquela foto.
Meu coração protesta:
"Vocês dois tinham meu voto!"
Agarro cada detalhe desesperadamente
na esperança
de achar alguma esperança.
Enquanto você estraga tudo,
eu escrevo mais um poema,
este
poema.
Mais uma vez, sobre você.

Você segura minha mão.
É como se estivesse ali o tempo todo.
Mas você me leva alto...
e simplesmente me solta.

Então, ouça muito bem o que vou dizer:
Não repita meu nome como se eu fosse feito para você.
Faça ou diga logo algo que realmente
mate,
que mate ou supere esse amor.

Foto de Carmen Lúcia

Striptease moral

Não importa que o mundo se choque,
que as pessoas evoquem
o santo protetor...
Benzam-se pasmas e indignadas,
invoquem os falsos valores
de uma ética desqualificada.

Não importa que de mim se afastem,
que as luzes se apaguem,
e o palco venha a ruir...
Da ribalta quero fugir.
Resgatar minha identidade
viver a autenticidade,
parar de fingir...

E se alguém se sentir ofendido,
não sabe quem sou, não sabe o que sinto,
moldada no que querem que eu seja,
atada pra que não ande nem veja...
“Tô nem aí pro que der e vier...”
Dane-se quem quiser...

Tiro as roupas que me sufocam
vincadas de normas, preceitos morais...
Faço striptease dos rótulos
“ mulher perfeita, efêmera, passiva, reta...”
estereótipo da fêmea correta...
Quero agora escandalizar.
Arranco as sandálias e avanço,
não me canso...
Pés descalços, alma nua,
a caminhar
em território profano,
sagrado,
insano...
e gritar...

Carmen Lúcia

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Dor

Revirando-me nas magoas
Eu choro um choro muito antigo
De um amor perdido
Abandonado no ermo do meu peito
Nesse vazio da desilusão
Me tornei prisioneira dessa dor
Você roubou
Meu coração
Hoje vivo vagando
Sem ter amor pra dar
A quem resolve preencher
O que você levou.
Sou um fantasma
Sou uma sombra
Que restou
desse anti amor.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XVII - Em cena

Após do Tigre se separar
a Rosa decidiu a vida continuar.

Estava reconstruindo a sua vida,
de uma maneira que pudesse ser vivida.

Estava ao lado do Jardineiro
e não mais do Tigre guerreiro.

Tinha dúvidas e ia contra o seu sentimento.
Teria escolhido o melhor caminho e momento ?

Pelo menos o Jardineiro,
poderia ser seu por inteiro.

Ainda tinha medo da solidão,
um medo mais forte que toda a razão.

Quando descobriu que estava mudando
e dela uma nova vida se formando.

No mesmo tempo que acidentalmente,
voltou a falar com o Tigre freqüentemente.

Ele queria tornar-se seu amigo,
para o que passou não ficasse perdido.

Não sabia como ele iria se comportar,
quando desse a notícia do seu caminhar.

Decidiu dar pistas de sua condição
e avaliar a sua reação.

O Tigre entendeu de imediato
e juntou todos os fatos.

Fez críticas com sentimento,
apenas perguntando se foi no melhor momento.

A Rosa recebeu com muita alegria,
quando o Tigre respondeu que a apoiaria.

Tudo se encaminharia sem nenhum problema,
se uma desconhecido não entrasse em cena.

Foto de LillyAraujo

Ciúmes

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Às vezes chego ao ponto de querer adivinhar-te,
nesses instantes me sobrevêm diversas formas de sentimentos.
às vezes dor, às vezes paz, às vezes risos, às vezes lágrimas.
Eu fico inutilmente tentando adivinhar-te.

Ontem eu chorei tanto!
Chorei o pranto dos amantes da Lua, que nunca
a deixam de amar, mas nunca a possuem.
Ontem eu chorei todas as cenas de ciúmes que eu
quase adivinhava em meus densos pensamentos.

Tolice!
Sinto-me toda tola perdida em tais sentimentos.
Adivinho-te enciumadamente sem saber qual a
verdade de teus sentimentos... e sem querer saber,
para poder simplesmente adivinhar-te.

Ciúmes! Ontem essa dor me ocorreu de uma forma
tamanha, estranha, e quase inadmissível.
Nestas horas eu te odeio com toda força
do meu intenso amor.

Quero lançar-te para longe de minha vida
como se eu pudesse...(!) Como se eu soubesse!
Nestas horas eu te odeio com toda força
desse maldito-bendito amor.

-Ciúmes!

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de Lucélia Lima

Descobertas interior...

Caminho pela vida e vejo tanta desigualdade
Mas o que me deixa mais triste e a saudade
Caminho e o que vejo a falta de respeito
Mas sempre escolho o caminho direito

O que descobri é que a vida é muito bela
Ela pode não ter o valor de uma pérola
Mas pude perceber o que desejo dela
E se não posso ter apenas felicidade
Então quero ter apenas a amizade.

Mesmo assim a vida é muito ingrata
Não percebemos quanto nos faz sofrer
Infelizmente algumas vezes
No vazio desta vida queremos não viver...

Vou andando numa caminhada infinita
Num momento paro e vejo a vida passar
Vejo o que está em meu interior
E percebo nada mais que o amor!

Esse amor que é fundamental...
Que abre as portas do que é vital
Não tento descobrir o amor
Só tento entender o verdadeiro
Significado dessa minha dor!

Lucélia Lima
05/12/2006

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