desilusão

Foto de poetisando

“Amizade”

Ó linda cidade de Abrantes
Por terra da palha és conhecida
Onde ficou o meu coração
Em alguém que me é muito querida

Eu que sempre confiei em ti
Acreditando no que me dizias
Não julgando que me desprezasses
Mesmo sabendo das mentiras que dizias

Contigo e com toda a gente
Sou amigo sincero e de verdade
Ao contrário de gente como tu
Que só me usaste com maldade

Tanta mentira me falas-te
Com desculpas mal dadas
Eu ingénuo em ti a acreditar
Nas tuas mentiras esfarrapadas

Até quando me perguntavas
Se tinha aí alguém conhecido
Hoje olhando para trás
Vejo como me tinhas mentido

Tinhas medo que eu conhecesse
Alguém que me falasse de ti
Quando sabias muito bem
Do que eu sempre te prometi

Podes estar descansada
O nosso segredo eu guardarei
Mesmo a teres-me desprezado
Que de nós eu nunca falarei

Não sou como tu e outros
Que esqueço quem me apoiou
Sempre os terei no coração
Não faço com tu que me desprezou

Ó linda cidade de Abrantes
De ti ou ter que me esquecer
Muito tempo vai demorar
Até lá muito ainda vou sofrer

Eras a minha amiga confidente
A minha amiga muito amada
Agora que me desprezaste
De mim já não resta nada

Entreguei-me de coração
A apoiar-te de verdade
Quando tu só me usaste
Sempre com toda a maldade

De: António Candeias

Foto de poetisando

Andando tropeçando e caindo

Andando tropeçando e caindo
Em todas as quedas me levantando
Só nesta que agora acabei de dar
Faltam-me as forças para me levantar
Como puder cair de novo assim
Quando já devia ter aprendido
Com tanta amizade que tive
Todas sempre me mentindo
Em tanta queda que já dei
Muito deveria ter aprendido
Continuo a ser um ingénuo
Que em todas as amizades
Sempre continuo a acreditar
Já tenho idade suficiente
Para não acreditar em ninguém
Sempre continuo tropeçando
Caindo sempre me fui levantando
Tanta amizade tanto carinho eu dei
Tanto tropeção e tanta queda
Que ao longo da vida dei
E sempre me levantei
Queda como esta de agora
Magoou-me mesmo demais
Amizades assim como esta
Não as quero nunca mais
Já me estão as faltar forças
Para me voltar a levantar
Como voltei a ser ingénuo
Deixando-me de novo usar
Andando tropeçando e caindo
Em todas as quedas me levantando
Só nesta que agora acabei de dar
Faltam-me as forças para me levantar
Como puder cair de novo assim
Quando já devia ter aprendido

De: António Candeias

Foto de Maria silvania dos santos

Não quero mais amar

Não quero mais amar

Hoje sinto meu coração sangrar, onde o amor não vai mais reinar...
Meu coração está partido, ferido, pelo amor desiludido...
A dor, tomou o espasso do amor, onde todos as chances já se acabou...
Minha alma está angustiada, pelo amor, decepcionada....
Não quero mais amar, irei deixar para quem consegue o conquistar....
Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Carmen Lúcia

Insana

E ela renasce a cada fase da lua...
rouba-lhe o brilho e lhe ofusca o luar,
percorre as estrelas seu insano olhar
e penetra o negro véu, indo além do céu.
De seus lábios um balbucio visceral
profetiza um tempo que jamais haverá igual...

De repente dança em estranho ritual
e a cada passo avança, imaginando-se normal,
tomando para si cada pedaço do espaço
sem se importar com a plateia atônita,
que aos poucos se esvai,
se descompassa pelos cantos
a amaldiçoar a figura lacônica...

Gira em torno de si toda sensação
como em movimento de rotação...
Pensa trazer os dias e as noites,
transladando cada estação...
Sinistra, caminha com a lua
que some no céu e ela na rua,
e como miragem, perde-se a imagem.

Deixa o cenário de ilusões e desenganos;
leva consigo a magia e o encanto.

_Carmen Lúcia_

Foto de poetisando

A vida está a ensinar-me

A vida está a ensinar-me
Que tenho que entender as pessoas
Cada uma é diferente da outra
Está a ensinar-me
Que podemos amar e não sermos
Amados como amamos
Que amar traz-nos felicidade
Está a ensinar-me a ajudar
Queles que mais precisam
A rir mesmo quando
Tenho vontade de chorar
Para mostrar aos outros
Que a vida é para ser vivida
Está a ensinar-me que quando
A sofrer, estou a fortalecer
Está a ensinar-me a entender os outros
Que o caminho que faço é uma subida
Que tenho que chegar ao cimo
Para me sentir realizado
Está a ensinar-me que beleza
Está no coração
E não no rosto de cada um
Está a ensinar-me a desculpar
Os que se dizem amigos mas não o são
Nem sabem o que é ser amigo, nem o seu significado
Está a ensinar-me
Que para viver feliz tenho que amar
Abrir-me ao amor só assim ultrapassarei
Todas as dificuldades da vida
Está a ensinar-me a viver
Amar para poder também ser amado
De: António Candeias

Foto de poetisando

A tampa

Tampas até conheço algumas
De tachos e de panelas também
Dessas fazem sempre falta
As outras até aparecer alguém
Tu que estás a servir de tampa
A uma amizade ou amor perdido
Só estas a fazer agora falta
Até passares a ser esquecido
Não cries muitas ilusões
Podes crer no que te digo
Hoje és a tampa de alguém
Amanhã deixas de ser amigo
O mundo está mesmo assim
Cada um está para si a olhar
Só quando precisa de alguém
Outra tampa irá procurar
Se por algum motivo perdeste
Um amor ou uma boa amizade
Não uses ninguém como tampa
Muito menos ainda por caridade
Se queres conservar os amigos
Como tampa não os vás usar
Amanhã podes querer de novo
E os amigos não mais encontrar
Tu que de tampa estas a servir
Só para tapar a falta de alguém
Hoje és o melhor deste mundo
Amanhã já não serás ninguém
Tampas há que eu conheço
Dos tachos e panelas se usar
As pessoas não são tachos
Para como tampa se usar
Se és verdadeiro amigo do amigo
Pensa bem o que estás a fazer
Se pensas em usar como tampa
Decerto um amigo podes perder
De: António Candeias.

Foto de Carmen Lúcia

Disfarces

Cantava, enquanto a dor dançava
marcando um espaço que não lhe pertencia,
enquanto disfarçava a dor que agora era
bem maior que a fé que já não existia.

Dançava, enquanto a dor cantava
no tom mais agudo que já se alcançara,
enquanto coreografava a dança mais sofrida,
de tão exaurida perdia seu encanto.

Sorria, trazendo o coração em embolia
e a dor em euforia jazendo o seu pranto...
morria, enquanto a dor vivia
surtindo seu efeito na fase terminal.

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Gondim

Dissimulação

Dissimulação
Paulo Gondim
02/11/2012

Eu te olhava de longe...
Na verdade, eu sempre te olhava
Desconfiado, para que não percebesse
Mas te olhava, como se fosse uma obsessão

E tu, nem pensavas, nem desconfiavas que te olhava
Fingias não me ver e os dias passavam indiferentes

Mas eu continuava a te olhar
A cada amanhecer com um novo dia
A cada ocaso que nos faz pensar na vida
Mas sabia que a cada alvorecer, a vida se renovaria

O tempo passou e eu continuava a te olhar
E tua indiferença também crescia
Ao ponto de cruzares por mim pelas ruas sem me ver

E teu olhar continuou cego, se fez cego a vida inteira
E hoje, no adiantado dos anos, nada mais tu vês
E se perguntas: Valeu a pena tanta dissimulação?

Foto de poetisando

Trocadilho ao Dia

Que lindo dia está hoje
Que dia mais maravilhoso
Assim chamam-te esse nome
Só pode ser mesmo por gozo

E tu dia logo nisso acreditas
Não vês que te dizem por gozo
E tu mesmo estando a chover
Acreditas que és maravilhoso

E nos dias que estás encoberto
Ou quando estás a trovejar
Achas que és maravilhoso
Dizem-no porque de ti estão a precisar

Ganha juízo dia solarengo
E quando a noite chegar
Já não se lembram de ti
Nem de ti vão precisar

E quando a noite vai avançada
Deixaram te ir embora todo vaidoso
Não vês que estás a ser usado
Pensas tu que és maravilhoso

Como te podem chamar de radioso
E nos dias que só chuva dás
Podias ter sido maravilhoso
Mas isso á muito tempo atrás

Não acredites em tudo que te dizem
Dizerem-te que és maravilhoso
Só podem estar a brincar contigo
Estão a fazer de ti o seu gozo

Pensas que quando estás a chover
Que te chamam de maravilhoso
Dizem porque precisam de ti
Ou será que estão no gozo

Amanha quando acordares
E os teus raios de aurora despertar
Tornam-te a chamar de lindo
Tornam a dizer de ti muito precisar

Mas o dia é mesmo assim
Feito de muitos enganos
De dias lindos de muito sol
Outros de muitos desenganos

Chamarem-te nomes lindos
Que tu podes ou não gostar
O mundo é mesmo assim
E não á outra volta a dar

São mais os que te usam
Porque de ti estão a precisar
Chega a noite e o teu dia acabou
Tu irás para outro Pólo brilhar

Ficam as estrelas a noite a velar
Por quem de ti mais precisou
Uns que contigo brincaram
Outros que contigo gozou

Usei o dia mas é sobre pessoas o poema por isso digo que é um trocadilho

De: António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

O barco da vida

Clareou...Tênue neblina embaça a manhã
que aos poucos desvenda a silhueta de um barco
a irromper uma cortina de luz
navegando a força que o conduz
e o seduz às suas conquistas.

A última névoa se dissipa à minha vista
que avista mil horizontes, sem apontar caminhos...
ocidentes e orientes se declinam balançando o mar
e o barco circunda o oceano tentando se orientar...
ou se ocidentar...

Sobre águas tão profundas lampeja a mística
resultante dos mistérios de uma visão holística...
onde o todo integra um universo que
desconhece onde o sol começa e a lua termina,
onde o dia acaba e a noite germina...
e as estrelas do céu se fundem com as do mar.

E o barco exerce bravamente a sua sina
e se perde ante a minha retina...Ganha o mar,
parte em busca da vida, deixando ao acaso
o arrojo de conseguir aportar no cais
resgates de partes dilaceradas de um todo
e restaurar as essências fragmentadas
do que um dia fora engodo.

_Carmen Lúcia_

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