desejo

Foto de Henrique Fernandes

ESCULPIDO PELA TUA ARTE SENSUAL

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Poderei viver até á combustão dos tempos
Que já mais sentirei o toque de alguém
Como senti teu toque verdadeiro e fiel
Escrito na memória da força dos ventos
A corrosão do tempo desgasta a rocha mais dura
E do seu pó transforma montanhas
Mas não cansa a erupção do meu desejo
Esculpido pela tua arte sensual
Que retratas nos teus gestos distintos
Tão preciosa quanto o Sol para a vida
Quanto a água para viver por ela fora
Só tu me aqueces a pele sem pudores
E recheias de luz o reflexo do meu interior
Imensa como o mar tens a volúpia
Intensa das marés no teu colo que me ampara
Teu abraço é uma praia paradisíaca e extensa
Por um areal de esperança onde descansam
Minhas mãos suadas de lutar por ti
Tua voz domina os tornados do meu deserto
Nesta solidão sem amostra de oásis
E incertezas que ecoam no meu profundo
Que exponho no olhar que direcciono
Ás coisas boas da vida que ainda quero ter
Ao lado de ti a par dos sonhos de ambos

Foto de Raiblue

No fundo do meu mar,seu céu...

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Em um instante de transe
Renda-se à minha renda
Doce oferenda
Retire a colcha
Descubra a concha
No fundo do mar
Que me habita
Venda seus pudores
Nessa noite dionisíaca
Onde somos todos
Súditos e reis
Girando na grande roda
Constelações cruzaram
Nossos caminhos
Cartas revelaram Karma
Faço parte do seu mapa
Rotas astrais
Da mesma mandala
Círculos de fogo
Ciclos das águas
Que correm em mim...
Vem
Mergulhe
Naufrague
E guarde minha pérola
Em sua boca
Pequena lua
A se pôr no seu céu
Que no meu mar afunda...

(Raiblue)

Foto de Bira Melo

SÚPLICA PÓS MORTIS

Se ao acaso o irônico destino,
Ou a mera fatalidade do viver
Trouxer hoje o janeiro do meu ser
De uma maneira inesperada
Não quero choro, nem risos, nem nada
Não quero vela, nem o pranto mudo
De uma gazela desesperada.

Flores... Para que se não há mais nada?
No meu esquife, não há mais necessidade
Pois que a matéria ali repousada
Não carece de ser decorada.

Sei que gostas de flores perfumadas
E eu, do simples, das flores e das floradas.
Em vida, somente em vida e mais nada!
Pois que em morte minha, já não gosto de coisa alguma,
Porque tudo tem um sabor de nada.

Tenho medo dos vermes,
Da escuridão da lápide,
Do gelo quente da madrugada
E esse medo faz com que te suplique
Que faças minha matéria ser cremada
E das cinzas: fazei um carnaval, uma levada
A travessia de São Paulo, o Morro
Da rampa do mercado, sairás na madrugada.

E em noite de Lua cheia
Por estrelas guarnecida
A poucas milhas da chegada
Espalha ao vento sobre o mar
Minhas cinzas flamejantes
Que outrora foi bela morada
Desta alma diminuta
Louca e eternamente apaixonada.

direitos autorais reservados. Poema in "Anjinho de Carvão".

Foto de paulo azevedo

ESPERO POR TI ETERNAMENTE

LOUCURA ENTRE DESEJOS E PRAZER

Sinto o teu corpo tenso com desejo de Amar.
Percorro cada parte do teu corpo
Acariciando-te da cabeça aos pés.
Passo minha língua nas tuas pernas
Deposito os teus desejos na minha boca.·
Sigo em frente e conquisto-te

Abro tuas pernas.
E lentamente vou à descoberta
Do teu prazer
Pegando-te pela cintura...
Passo minha língua no teu vulcão de paixão.
Deixando-te estremecer...

Fazendo teu corpo vibrar.
Conseguir dar te prazer.
Passando as mãos sobre os teus peitos
Sentindo-te com grande excitação.·
Ouvir-te gemer uma e outra vez.
Cheia de prazer.
Sentada em cima de mim

Com movimentos contínuos

E entre nossos corpos suados

Quentes de loucura e prazer
Explodimos beijos molhados

E vontade de nos voltar-mos a ver

Foto de Alves Barrota

Bucólica

Domingos era pastor,
tratava dos seus rebanhos,
com Deolinda casado.
Acordar madrugador,
que por cuidados tamanhos
pouco dormia, o coitado.

Deolinda, tão sózinha,
em devaneios de amores,
que são coisa apetecida,
vive na sua casinha
suspirando dos ardores
que rompem em sua vida.

Um dia, chegou à aldeia
um padre novo. Mocetão
forte, latinidade obscura,
que logo teve uma ideia:
por meio da confissão
ver do rebanho a natura.

Absolvendo pecados,
ligeiro na penitência,
acurando sempre a todos
como um pastor em cuidados,
foi com tal inteligência
cativando destes modos.

Deolinda, pecadora,
temente de Deus, pudera,
no confessionário, em surdina,
contou do jeito que chora...
Como sonha...Quanto espera...
Ao homem sobrou batina.

Desse momento em diante
dispensou-lhe a confissão,
deixou de ouvir seus segredos.
Juntava-se, a todo o instante,
para lhe dar sua benção
na casinha. Que aconchegos...

O povo já murmurava
sem recato, boca fora,
que com Domingos na serra,
enquanto o gado pastava,
o padre e a pecadora
santificavam-se em terra.

Assustou-se Deolinda.
E chorando tristes ais
p'ra não ser excomungada
deu a coisa como finda.
O padre nunca viu mais...
Recatos de gente casada.

Domingos não era surdo
se bem que parvo parecia
pelo tamanho da orelha.
Porém, achou absurdo
ouvir falar na homilia
num tal Domingos ovelha!

Foi p'ra casa taciturno,
a repensar o assunto.
E com um uso agressivo,
num talho de voz soturno,
olhou Deolinda, bestunto,
e perguntou-lhe o motivo.

Credo! Cruzes! Esbraceja...
A mulher nada sabia
do que o padre inventou.
Abalaram para a igreja,
entraram na sacristia
e nestes termos falou:

"Ó senhor abade, abadinho!
Ó senhor abade, abadão!
Chamou a meu homem, Domingos, ovelha?
O senhor que bebeu meu vinho,
o senhor que comeu meu pão
e rompeu meus lençóis de linho?
Antes lhe chamara corno, cornelha!
Que os tem retorcidos para trás da orelha!"

"Já chega, mulher, já chega",
grita Domingos, aflito
vendo Deolinda em brasa.
"Acaba com isso! Sossega!
Tudo não passou dum dito."
E regressaram a casa...

Foto de CarmenCecilia

VIDEOPOEMA DESEJO

VIDEOPOEMA DESEJO

EDIÇÃO: CARMEN CECILIA

MÚSICA: STAIRWAY TO HEAVEN INSTRUMENTAL

DESEJO

Quando acordo e te vejo
Quando aflora o desejo
Vem insinuante. Latejante!
Mesclado com tons... Sons!
Emaranhado de cores e sabores...
Que desatinam...
E me percorrem...
Com suaves toques...
Um leque de arco íris...
Sua cadencia... Cadencia-me!
Eloqüência em seqüência...
Que emanam,
Seqüestram os sentidos...
Não se enganam...
Margeiam a pele arrepiada...
Modelam o expressar...
Os corpos que correspondem...
Olhos e bocas que não escondem
Esse clarão... Lampejo!
Num refrão continuo
O suor mesclado...
Maquiando...
Esse todo colorido...
O roçar no ouvido...
Línguas misturando-se
Nessa viagem...
Em que portos atracam
Nesse desejo rouco...
Nesse ritmo louco.
Que aos poucos vão arrefecendo
Saciam os impulsos...
E enfim adormecidos...
Descansam os sentidos...

CarmenCecilia

Foto de Mentiroso Compulsivo

NOITE QUE FOI MADRUGADA

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Esta noite foi a noite que foi madrugada
Em que ao sexo ficaste por mim devotada
Como quem se prende num jardim
De sons de flores a chamar por mim
Resguardados na jarra que deixei
Olhares lançados deitados na cama
Sobre um corpo de curvas moldadas
Entre lençóis brancos desdobrados
Nuvens suspiravam teu sono, ou seriam sonhos?
Vi teus olhos verdes num embalo fechados
Sentia o ar que junto a ti respirava
Como uma perpetua carícia incandescente
Que dentro de mim entrava para sempre
Caminhei em direcção a ti e junto de ti
Invoquei aos deuses a imagem de Afrodite
Sonhos invisíveis brotaram do silêncio
Incontidos em pianos de espuma com cio
Eras corpo azul pelo âmbar da manhã
Capaz de perdurar adormecida para sempre
Na chama de um nome que ao mundo não digo
Nesta noite que foi madrugada
Foste pedaços de muita coisa
Que eu tentei juntar e colocar
Mas havia sempre algum que ficava desfeito
Na chuva que caia, levado pelo vento
Eu abri a porta e sai, deixando-te a dormir ali.

© Jorge Oliveira

Foto de karla888

Desejo

Desenterra-me o desejo,
de te querer intesamente,
desfruta-me como se fosse o ultimo beijo,
come-me ardentemente,
na calada da noite,vem,chega,
agarra-me na loucura destemida,
de um ultimo grito de morte,
faz-me gemer baixinho,agora,
pois alto ja gemi com a minha pouca sorte.

Foto de Raiblue

Saliv(ando)...

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Nas noites brancas
De sua pele
Me dis traio
Guardo Dostoiéwisk
Num canto do quarto...
Nos olhos
O ópio prolongando
Colóquios do tato
Con textos e texturas
Da língua
Corroendo tédios
Catando cacos
Cactos na superfície
Da carne árida ...
Arranhando as horas
Sangrando os minutos
Dissolvendo dores
Anti-corrosiva língua...
Sal e saliva
Lambendo as feridas
Fechando cortes
Subcutâneos labirintos
Na sanha da linguagem
Esquecida no tempo
O toque...
Palavras diluídas no suor
Poesia líquida
Numa noite dis traída...
Na pausa da razão
No dança dos sentidos...

(Raiblue)

Foto de diana sad

tribos

Eu tenho boca pra falar
Cabeça pra pensar e inteligência pra interagir
Dúvidas pra esclarecer, vou ler, e procurar saber se tudo o que você tenta me ensinar me fará aprender
No mundo só existem duas tribos
Os que mandam e os que obedecem
Duas tribos... Em qual você está?
Duas tribos... Em qual você está?
Na dos que consomem tudo o que aparece por está na quente na língua dos outros, ou na dos que desconfiam de qualquer doutrina que se envaideça por ser novidade?
Duas tribos... Em qual você está?
Da riqueza excessiva ou da pobreza coletiva?
Eu tenho boca pra falar
Cabeça pra pensar e inteligência pra interagir
No mundo só existem duas tribos
Os que mandam e os que obedecem
Em qual você está?
Sonhos de Ícaro
Nossos sonhos nascem com pernas fortes e sadias mais Que na maioria das vezes se tornam paraplégicos do dia-a-dia...

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