amor

Foto de Patricia Biase

PITUCHINHA

Beatriz PITUCHINHA, você não tem jeito, até o leiteiro andou mamando em seu peito.

Foto de Arnault L. D.

Fora do Prazo

Se houvesse, amor ausente,
uma trégua para nós,
eu iria estar contigo,
lhe traria um presente...
Novamente o mundo a sós
abrindo espaços sem perigo.

Poderia ser a natureza,
que impele aos desejos,
impele a fazer promessa,
pele arrepia sem defesa
à eminência dos seus beijos,
em que a volúpia se confessa.

No ruborizar do rosto,
na língua o gosto tão bom
que seu corpo inteiro aboca.
Que ao si provar exposto,
espontâneo feito um dom
transcende-me a fome louca.

De alimentar-me a alma
da sua carne, que saliva,
até o soluçar do gozo
e o êxtase pousar a calma.
E não mais posto a deriva
retornaria... ao lar ditoso.

Foto de Enide Santos

QUE TE CUSTAS AMOR?

Que te custas amor?
Dar-me um pouco as tuas mãos;
Para acariciar-me a face, os cabelos e o coração.

Que te custas, amor?
Deixar-me deitar em teu peito;
Fazer do teu colo um leito;
E roubar de te, um pouco de cheiro.

Que te custas, amor?
Acalmar um tiquinho minha vida;
Soprar um bocadinho as feridas;
Fazer fugir este choro, este som de consumação.

Que te custas, amor?
Deixar pesar em minha tua boca;
Deixa-me roçar em ti, como louca;
Para acalmar está minha paixão.

Enide Santos 27/05/14

Foto de Arnault L. D.

Sementes nos bolsos

Eu trago sementes no bolso,
nos lábios, alguns assovios.
Acordes abertos e esparsos
das músicas que à mente ouço.
Soam preenchendo os vazios
do cotidiano que esgarço.

Na guitarra, as notas trago,
que ainda não foram tangidas;
na língua o sabor das palavras,
sal, açúcar, acidez, que trago
dos falares e nas bebidas
no degustar do corpo trava.

Preso de mim, em mim se encobre.
No potencial sem uma trilha.
Sou um desconhecido íntimo,
minha fina pele a carne cobre.
O espelho d água o céu espelha,
e o céu lhe guarda a profundidade...

Mergulhado, imerso as entranhas,
nos bolsos a vestir as mãos.
Olhando nas poças o luzir esboços,
assoviando canções estranhas,
desconhecidas, e minhas são.
Eu trago sementes nos bolsos.

Foto de Patricia Biase

Francine Vagaba

Francine C. Amiga, colega velha de guerra. A mais desejada e rodada da torcida independente do Tricolor! Essa AGUENTA "ROJÃO ".

Foto de Jardim

ando pelas ruas molhadas

ando pelas ruas molhadas
sob a noite fria.
a cada passo o peso
das histórias mal resolvidas
e dos sonhos deixados para trás.
o toque da noite é frio,
futuro mutilado, metades perdidas
que eu arrasto pelas ruas.
ausência de cores, sonhos impossíveis,
um sorriso forjado no rosto.
contagem lenta e regressiva
dos dias, fome infinita do destino.
no túnel escuro das madrugadas
as mãos geladas nos bolsos furados,
contemplo sombras que gemem,
ouço os lamentos do vazio,
o amor em lençois encardidos.
os loucos não mentem.

Poema do livro Diários do Desassossego
A venda em http://sergioprof.wordpress.com
Contato:
blog: http://sergioprof.wordpress.com/
facebook: https://www.facebook.com/jardimpoeta
https://www.facebook.com/poetajardim
twitter: http://twitter.com/SERGI0_ALMEIDA
linkedin: https://www.linkedin.com/in/poeta-jardim-a7b0222b
google +: https://plus.google.com/+sergioalmeidaJardim
skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7181-jardim

Foto de Jardim

na luta diária, tropeços

na luta diária, tropeços,
pedras, nuvens, ventanias,
gasto meu tempo, perjuro,
gasto meu grama de coragem,
meu punhado de futuro.

sigo com o olhar atento,
como quem leva a urgência
de um recado, resoluto,
cumprindo algum mandado
por força do insondável absoluto.

entre as colunas da tarde
calcinadas de lástimas,
entre as paredes, descrente.
um sol melancólico queima
onde ninguém pode ser indulgente.

entre os devassados
esconderijos que busco
entre a sede e a bebida
se vai sem perceber um dia,
um mês, um ano, toda uma vida.

perdulário das horas, dos minutos,
do mundo que eu não soube decifrar,
troco por incerteza o ar errante
e por força do hábito
troco o porvir por um instante.

dos passos em que cego me revelo,
a cada queda me recobro,
preservo o fogo que em mim dura,
no qual forjo, sem medo ou angústia
as faces da máscara futura.

na treva em que me embrenho
sem saber quem sou, existo.
nas vertigens do alento,
sobre as curvas do caminho
ultrapasso a curva do momento.

outro céu, outra fome, outro corte,
por não saber quando parar,
giro e oscilo entre penhascos,
busco solução na chuva e no ar
por não haver alívio para os meus ascos.

Poema do livro Diários do Desassossego
A venda em http://sergioprof.wordpress.com
Contato:
blog: http://sergioprof.wordpress.com/
facebook: https://www.facebook.com/jardimpoeta
https://www.facebook.com/poetajardim
twitter: http://twitter.com/SERGI0_ALMEIDA
linkedin: https://www.linkedin.com/in/poeta-jardim-a7b0222b
google +: https://plus.google.com/+sergioalmeidaJardim
skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7181-jardim

Foto de Jardim

o pretérito é um gigantesco oco

o pretérito é um gigantesco oco,
a vida é um sumidouro
onde o destino não mede
a insolvência do tempo.

Poema do livro Diários do Desassossego
A venda em http://sergioprof.wordpress.com
Contato:
blog: http://sergioprof.wordpress.com/
facebook: https://www.facebook.com/jardimpoeta
https://www.facebook.com/poetajardim
twitter: http://twitter.com/SERGI0_ALMEIDA
linkedin: https://www.linkedin.com/in/poeta-jardim-a7b0222b
google +: https://plus.google.com/+sergioalmeidaJardim
skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7181-jardim

Foto de Jardim

suave, reluzente

suave, reluzente; era assim que guardava
tua imagem sob o mármore negro da noite.
dias e quilômetros nos separavam,
restaram inquietações no horizonte oblíquo
das interrogações, limites projetados
nas minhas mais arrogantes ambições.
muita coisa mudara, delicadas esperanças,
inexplicáveis emoções, minha paz desaparecia,
minha calma se dissolvia, calculava tempo,
distâncias, particularidades, horas a fio
te imaginava sob o céu sedoso cor de cobre.
a ansiedade tem nome de mulher
e preta é a tarja da caixa que guarda
o sono dos anestesiados.
sonhos se confundem com fragmentos
da realidade confusa e resquícios
de amnésia, reticências do inefável.
vestia-me, olhava o espelho, nas mãos
as chaves, o cotidiano, a procrastinação.

Poema do livro Diários do Desassossego
A venda em http://sergioprof.wordpress.com
Contato:
blog: http://sergioprof.wordpress.com/
facebook: https://www.facebook.com/jardimpoeta
https://www.facebook.com/poetajardim
twitter: http://twitter.com/SERGI0_ALMEIDA
linkedin: https://www.linkedin.com/in/poeta-jardim-a7b0222b
google +: https://plus.google.com/+sergioalmeidaJardim
skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7181-jardim

Foto de Jardim

deslizo desnudo

deslizo desnudo,
sem rumo, sem prumo,
aos ventos.

singro, sangro
sem tino, sem norte,
à sina, à sorte.

naufrago, calado, mudo,
sempre existirão
tormentas, tormentos.

sinto o cheiro
do que se foi,
do que se espera

em cada primavera,
a forma perdida
procura seus etcéteras

nos ritmos da matéria,
no fora, no dentro,
em algum lugar

onde o avesso
do inverso
insiste em ficar.

agarro o grito
agudo que brota
curto da garganta.

sussurro
o espasmo lento
de um gemido surdo.

assomam as sombras
insones, sortidas
em meio ao escombro.

Poema do livro Diários do Desassossego
A venda em http://sergioprof.wordpress.com
Contato:
blog: http://sergioprof.wordpress.com/
facebook: https://www.facebook.com/jardimpoeta
https://www.facebook.com/poetajardim
twitter: http://twitter.com/SERGI0_ALMEIDA
linkedin: https://www.linkedin.com/in/poeta-jardim-a7b0222b
google +: https://plus.google.com/+sergioalmeidaJardim
skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7181-jardim

Páginas

Subscrever amor

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma