A vista se perde pelos campos.
E a chuva traz à natureza mais encanto.
Flores e perfumes, suave canto
Em louvor ao Deus da Vida,
E ao homem que, no entanto,
Vive a esmo, sem peso e sem medida.
Mas a Natureza... vence poluição,
Vence maus tratos e a ninguém despreza
E brota ainda mais radiante e colorida.
Como o amor que, em vez de chorar, reza.
A Natureza é como os Mestres:
Há milênios tentam colocar nas cabeças
De toda humanidade, a luz, a vida.
Brota repetidamente a alegria.
Campos verde e branco.
E... quantos tons de verde!
Um se sobrepõe ao outro
Num inimaginável tapete..
Em mechas amareladas, queimadas,
Mechas mais jovens, esbranquiçadas,
Outras mais distantes, azuladas,
Algumas idosas, amarronzadas.
E a vastidão nunca acaba...
Feita de amor...
Absorve só o bem que há no outro
Em conversas que revelam puro ouro
Dois corações emaranhados em um só
A vivenciar e celebrar o seu tesouro: o Amor.
Árvores em flor reverenciam,
Esbanjam luz, e cor, e poesia.
O espetáculo arranca um sentimento
De enamorados, de mãos dadas, extasiados,
Em gratidão, amor puríssimo, harmonia.