Embrenho-me aflita no meu eu
na esperança vã das respostas deste amor.
Vasculho neurônios, órgãos, músculos,
Cavidades. Adormeço exausta no coração...
pois tudo que encontro é papila.
Retorno para o mundo externo,
apanho uma rosa caída no chão.
Os pensamentos em desatino insistem
em perguntar o porquê deste amor que parece
perdurar por toda uma eternidade.
Contorno com o olhar imaginário
seu doce beijo, tocando as pétalas suavemente
sinto o viço da sua pele, o peito exótico...
sem perceber comprimo a flor com voracidade
os espinhos vão ferindo meus dedos,
o sangue quase púrpura escorrendo
e de mansinho uma lágrima vai descendo...
Minnie Sevla
Comentários
DIRCEU / MINIE voto
Como bom te ver aqui.
Ainda mais com uma linda poesia como essa, no tema que aprecio e, justamente, no momento em que estou pesquisando se Existe Poesia sem Letras?
O que você acha.
Imagine que você não tivesse o dom da escrita, e visse esse quadro que pinto com tanta beleza, a inspiração estaria ali, só que ninguém ficaria sabendo. Houve a necessidade de um poeta, alguém, para escrevê-la, mas, também, poderia ser alguém para pintá-la e cantá-la, talvez.
Se puder de-me uma opinião.
Obrigado.