Uma taça de vinho,
um brinde a solidão,
nesta madrugada insone.
No equinócio do outono
brindo com vinho a vida...
Mas vida também é solidão!
Vida vazia,
onde tudo passa
pouco fica,
escorre entre os dedos,
explode e vira vento...
Estou ébria de vinho
e paixão...
Paixão vermelha,
paixão ardente,
paixão queima,
paixão rascante,
como vinho frisante...
Mais um brinde...
a paixão e a solidão...
O sol nasce,
o dia acontece,
eu ébria de solidão
e paixão...
Novo brinde,
a vida que recomeça!
No último gole
festejo, comemoro,
sobrevivi a mais
uma madrugada
com vinho e solidão...