Em minhas mãos o meu destino...
Fico atenta ao próximo passo,
não posso cometer desatinos,
nem me prender no próximo laço.
A vida é uma caixa de surpresas,
o porto que sonho é longínquo e pálido...
Mas de esperança é farta minha represa
e sai de minh’alma um sopro cálido.
Caminho por sobre espinhos,
meus pés sangram, mas insisto.
Vou arrastando o meu ancinho,
jogando às margens qualquer imprevisto.
Em minhas mãos o jogo do barbante,
o próximo passo é sempre fundamental...
Mas minha fé é abundante,
não deixo apagar o meu castiçal.
O mistério do amanhã eu não desvendo,
mas o instante é todo e só meu...
Diante da dor eu não me rendo,
guardo em mim a força de Deus.
A vida não vem embrulhada só em alegrias,
mas mesmo assim é um presente...
O que não mata, alforria,
fortalece a alma, clareia a mente.