Ai que saudades de ser menino!
Naquele, de Monchique, «Vale do Linho»...
Ai que dor e ansiedade!...
Como quem, perdeu a liberdade!
Laranjais, trigais e flores de mil cores...
Consolavam, minha alma, com caridade.
Naquele tempo, de minha tenra idade.
Também, pássaros eram lindos cantores!
Minhas ovelhas!... Onde estais!?...
Ai, que tanto, vos perdi!...
Mas ainda estarei, convosco, lá e ali.
Vinde ! Oh tempos eternos!... Vinde!
Vinde renovar, o que já não, contemplais!
O «Vale do Linho»... Dos laranjais!