Pétalas vermelhas, brancas, douradas,...
de todas as cores e de todos os amores
cobriam meu corpo
que teimava em se mostrar
ao teu desejo incontido,
quase só animal.
Não havia mal
nem no fazer nem no pensar,
bastávamo-nos.
Depois as pétalas esvoaçavam
com a brisa que se levantava dos nossos corpos
envoltos na espuma do mar
de lágrimas misturadas com suor
de tanto amar.
Falávamos só com o olhar,
fundidos num tempo e num espaço
que ninguém pode inventar,
e inexplicável de traduzir
noutro sentido do ser.
Clarisse