Foi-me retirada a luz
e o poder de falar.
Embrulhei-me na lixeira
onde fui despertar.
Imunda nuvem de fumo
que veio para me poluir...
Em trevas escuras
passo a existir.
Pego no cigarro.
Mas ao tempo que deixei de fumar!...
E segrego a nicotina
que me quer enlamear...
Depois não sei;
sinto-me fraca;
doente...
Ai!Meu espirito descontente
deixou de cantar,
e as asas já gastas
não têm força para voar.
Lídia de Sousa