TRISTE MEU POEMA
Ele fala de um tempo perdido.
De um tempo que o eterno guarda.
Fala de algo tão longínquo.
Tão do passado que parece que foi um sonho.
Que não vivi.
Mas sei que vivi.
Eu te conheci.
Te reconheci.
Daquele tempo morto eu guardei algumas coisas.
Um par de sapatinhos de cristal.
Guardei o bem.
E quis apagar todo o mal.
O mal do adeus incompreendido.
Parece mesmo que aconteceu a outra pessoa.
Não eu.
Em outras horas parece que a vida me roubou e me devolveu.
Mas de repente o que parecia real se dissolveu.
Foi assim nosso amor.
Fragmentado, atormentado.
Um permitir, um não permitir.
Um ir... um ir...
Parece que somos feitos para o adeus.
Parece que são todos sonhos meus.
Mas não.
Tenho a convicção que tu dormes eternamente dentro do meu coração.