Já não vou mais visitar-te o jazigo,
Lá me acho triste...sem chão
Quando contemplo a cruz, antiga sentinela
Erguida ao lado de uma goiabeira
Que ali nasceu.
Prefiro não ir,
Busco a memória e vejo-te comigo
Sorriso meigo, calmo, amigo,
Eras tão bela!
Vejo-te em sonhos
Sob o verde de aquarela
E teu sorriso me cala o coração,
Estás linda nesta minha visão!
Recordo do dia que tu partiste!
Já sabias que a hora chegava
E querias teus amados do lado
Nem todos vistes em vida!
Mas mesmo assim Mãe, tu fostes
Pois era vencido o tempo,
Hoje nas Moradas Celestes tu vives
A espera dos teus amores.
Venho falar-te, em prece enternecida
Do amor imenso que a ti tenho,
Não me deste a vida, ensinaste-me a vivê-la
E caminhar só, por mim mesma.
Sinto a tua falta!
Sinto saudades Mãe, dos teus carinhos
E de tuas mãos no meu rosto
Do afago suave e sincero de Mãe.
Marta Peres