Ontem nosso dia foi calmo.
Lento como nossos beijos.
(Lembro-me de como o sol
atingia sua pele,
tornando-a
vermelha.)
Tomamos sorvete
e bebemos cerveja.
Caminhamos olhando
os carros que passavam
apressados,
acelerando os ponteiros
dos relógios.
Atrás da gente pessoas
envelheciam sem tempo
de parar
para pensar.
O mundo inteiro seguia
com uma pressa louca.
A gente continuava
a nos beijar,
como se nada tivesse importância.
Sabíamos que o dia de hoje
era apenas mais um dia
que logo logo
também tornar-se-ai
ontem.
Comentários
jeffersonjqueiroz
Caro poeta
Temos pressa de viver de andar
pela vida, mas não podemos ter
pressa em beijar em amar...
Porque acabei de escrever já é
passado assim como foi o seu dia...
Gostei muito de palavras do cotidiano
que são a mais verdadeiras...
Beijinhos iluminados
ângela lugo