Sinto em mim
Um vazio de quem
Não tem mais para dizer.
Sinto tal vazio
Que sinto a alma
À parte do corpo.
Procuro pela brisa
Que me mantém viva.
Procuro o meu próprio ser –
Mas quem sou eu?
Matéria orgânica caminhante
Ou sombras de energia inconstante?
Questiono a minha existência
Enquanto inspiro esta representação de mundo.
Será que sou tu?
Ou tu serás eu?
Se calhar somos um só.
Se calhar minto a mim própria.
Se calhar não sei nada.
Se calhar nem estou a escrever...
O que será?