Eu faço versos plenos desse tom
alegre de fruir a liberdade
do vôo, de quem ama a suavidade
da vida e tem consciência do seu dom...
Eu faço versos como num ' frissom ,
num palpitar ardente que me invade
e me provoca a todo momento
de ser feliz, de ser amante e bom.
Eu faço poesia ardente, filha
do espanto enorme diante do mistério
da natureza e do universo etério.
Postado ante a silente maravilha,
eu faço versos como quem se espanta
das vozes que lhe brotam da garganta!
Eduardo Barros