Cândida criatura!
Que de teu ventre
Num arroubo
Levei-te o maior tesouro
Despi tua inocência.
Em tua ingênua
Curiosidade,
Em teus sonhos
E em sua vaidade
Minha audácia
De teus puros caminhos
Desviou
E num gozo profundo
Nas trilhas de meu corpo
Desfilava tuas mãos
E sobre seu corpo
Minhas mãos acariciando
Nossos corpos se juntando
Em êxtase me levou
E hoje cândida criatura
És meu insano desejo
Meu espúrio brinquedo
Brinquedinho de amor!