Margarida,
como me radia a forma como lampejas
os jardins por onde passas.
Margarida,
como a minha ceifa cortejas
com um aroma que dispersas
correndo de pétalas soltas ao vento,
sem medo de tropeçar.
Pedes-me a minha mão,
naquele momento,
e dizes para me a ti juntar,
num tom que transpira entusiasmo,
mas, num olhar consentido e carinhoso.
Eu aceito, minha Margarida,
leva-me, para aqueles jardins cujo pólen
é mágico, inspirador.
Margarida,
como transbordas e doas tanto amor.
Quero ser uma flor como tu,
minha preferida.
Madura, de pétalas vivas,
de caule experiente,
de raízes naturais e belas.
Espero que isto seja um deja vú,
arre! energias negativas,
agora que estou ciente,
à luz das velas,
acabo estes versos dizendo:
Àmen.