Perdido em pleno século vinte e um,
Em meio a este futuro que ora chegou,
Máquinas de última geração.
Na indústria, a terceira grande revolução.
Versos agonizam no papel,
Moribundas estão todas as literaturas
Inclusive a de cordel.
Vis palavras desordenadas em vão
Distorcem sentidos e percepção
Daquilo que dia pós dia erigiu-se
No quebra cabeça vital
Dos lastros conhecimentos.
Literatura prostituta
Das bundas e do bundalelê,
Sem devida concessão requerer
Invade o ser,
Corrói vias auditivas,
Entope as veias e artérias
Afluentes do saber.
E aquela literatura erudita e bela,
Efetuada com afáveis palavras,
Envolta de canções e sonetos a voejar?
Mesmo cheia de conteúdo a oferecer,
Será chegada a hora de perecer e minguar?
Porém, deverasmente desprovidas de valor,
Rameiras composições,
Além da visão, fazem o poeta enxergar
A iminente morte das letras
Em um emaranhado fosco de fuligens
Deste refece literário popular.
João F..R. 08/03/2012