Não sou o tipo perfeito
Nem sou o auto suficiente
Não acredito que o que eu penso me serve de fato
Nem digo sim para o que em mim desconheço
Não faço o aceite dos inconformados
Nem tão pouco oculto a verdade por ser maldita
Pois o hoje me revê da desconstrução do ontem
Reaparece com o ar da manhã de mais ignorancias
Enquanto não vivo a eternidade plena
De mim vão se valendo os dias que passam cansados de horas
Meu sofrer da sorte rifada de algo ido
Não sei o que sinto de você
Se poderia teria sentido um dia por mim
Não posso dizer o certo de que sei meu sim
Sou como a certeza o sinal da dúvida de não poder afirmar
O que é belo pode ser que beleza seja
Não pensamos que somos feitos do ato
Já somos o que os outros já pensam de já
Me somo a soma do que fui parte
Seu caminho é também um meio meu de ser
Mais de um fim de ver de coisa
Meu meio de saber incompreendido
Minhas desnecesárias buscas
Meu erro de não encontrar
O que não saberei perder de volta
O de quase sempre sempre
É o que é e o que sempre se foi
Mas não peça de mim outras respostas
Elas podem não ser o que quero
Podem não querer falar primeiro.
Allan R Lacerda.
01 05 2007