Eu morro assim, lenta
o trágico choro não me derrete prontamente
é uma despaixão insípida de águas rasas
e os tremidos soluços não lhe prendem
você passa imune
O horizonte lá no céu vermelho, foge
a libertinagem clama aos meus deuses
irresolutos pesares dos anjos que se foram
...são tristes as partidas....
quase pedaços
raiva, ódio, desejos, corpo, sangue
sono e ânsia
é o que restou dos dias inquietos
Naquele trem embarquei minha alma
deixando meu corpo pesado pra você cuidar
....seu tapete vermelho de desfilar....
ardida, vermelha, ácida
como cobra que rasteja, morde, envenena
eu assim, agora, vou corroendo
e gastando as matérias.