Ó universo, indagou o homem,
responda-me, por favor:
- Qual é meu papel neste mundo?
Porque vivo em meio à dor?
Mas o universo indiferente,
quieto estava e quieto ficou...
Então novamente o homem perguntou:
Ó universo, grandioso universo,
Responda-me por favor:
- Por que vivo neste mundo
sem saber onde estou?
Mas o universo, indiferente,
quieto estava e quieto ficou...
Então, novamente, irritado,
o homem perguntou:
- Por que tu não me respondes,
universo duma figa?
Teu silêncio tem cheiro de ironia!
Causador da minha dor,
responsável por minha agonia...
Foi então que indignado
O universo respondeu:
- Tu me indagas,
me acusas,
e me condenas,
mas tu esqueces que também
sou vitima do homem...
Maria Flor!
Comentários
DIRCEU/MARIA FLOR voto
Como eu te disse, gosto de ver o "ler mais" de sua poesia, ali é que está a excência.
Parabéns.